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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

OS RASCAS

Os dois maiores escândalos do 10 de Junho não foram objecto de denúncia pública que se visse.

- O primeiro tem a ver com a “inocência” dos sindicatos. Tanto o conhecido fulano do PC/CGTP/FENPROF, como o sinistro chefe do STOP/BE, ficaram, coitadinhos, muito chocados com os cartazes do porco, os quais jamais seriam utilizados pelas respectivas organizações. Como toda a gente sabe, os cartazes, estes e outros do mesmo gosto, vêm sendo utilizados em inúmeras organizaçãos dos sindicatos de há muito a esta parte, sem que estes ilustres agitadores tivessem uma palavra sobre o assunto.

E ninguém chama a isto, nem a estes, os nomes que merecem!

- O segundo, e maior de todos os escândalos, “cientificamente” calado pelos media, foi a destacada presença do Galamba na tribuna. Que maior falta de respeito institucional poderia o Costa imaginar? Não sei. Mas esta, imaginou-a, e praticou-a. Atirar com o Galamba à cara do Presidente não podia ser mais provocatório e, em matéria de falta de respeito, mete os cartazes num chinelo. Nada mais rasca.

Eninguém falou nisso!

 

 14.6.23

ASSIM VAMOS

Nos tempos da II República, cada departamento do Estado, como é normal, tinha um orçamento, sabia o que tinha a receber e como podia gastar o dinheiro que lhe tivesse sido atribuído. Aquando da elaboração do novo orçamento do Estado, era comum comentar-se que os serviços desatavam à procura das rubricas com saldo, e se punham a gastar tudo e mais alguma coisa que tivesse cabimento, a fim de não ver reduzida a massa para o ano seguinte com o argumento da não terem gasto tudo. A coisa era objecto de críticas e até de alguma troça. Por muito centralista e ditatorial que o governo da época fosse, e era, os directores gerais (leia-se, a administração pública) tinham o poder de gastar o que lhes tinha sido atribuído, desde que nos limites estabelecidos para cada caso. E, apesar da inegável necessiadade de não despertar dúvidas quanto à política da ditadura, eram,  na maioria dos casos, profissionais competentes e estáveis.

Com o PS (Costa mais Centeno  mais Medina) tudo mudou. A administração pública, salvo raríssimas excepções, é ocupada por boys. Até a estrutura (CRESAP) criada pelo governo PSD/CDS para a selecção independente de altos funcionários, deixou de ter influência na escolha dos profissionais, sendo substituída por escolhas com diferentes “critérios”, basicamente o da fidelidade política. A competência é o menos. A manipulação dos concursos é regra... Por outro lado, os orçamentos são para ignorar, ou porque, para qualquer coisinha, precisam de autorizção ministerial, ou por que houve “cativações” – especialidade dos ministros, quantas vezes para evitar orçamentos rectificativos, coisa a que o PS tem horror, porque pode limitar-lhe o sacrossanto poder.

Como resultado, ao longo dos últimos oito anos tem-se visto a degradação continuada e sistemática de praticamente todos os sectores da administração pública, que deixou de ter qualquer competência técnica digna desse nome.  Aumenta-se brutalmente o número de funcionários, cria-se comissões, grupos de trabalho, estrutras quanto mais absurdas e redondantes melhor, ao mesmo tempo que se retira aos serviços capacidade de gestão, de responsabilidade e de eficácia funcional. A administração pública não é julgada pela obra feita ou deixada de fazer, mas pela sua fidelidade canina, quanto maior melhor, ao político que tem por cima.   

E assim vai o país.

 

5.6.23

O SONO DA RAZÃO

É sabido que o chamado governo, entre outras matérias, é totalmente incompetente na história dos professores. Reparem que não me refiro à educação, mas aos professores. Por mais que gritem que estão muito preocupados com os alunos, já não há quem vá nisso. Estão preocupados com tostões, manifestações, reuniões, televisões (ai que ricas televisões!), a última coisa que lhes passa pela cabeça é o problema dos alunos. São tão credíveis como o governo em geral e o ministro em particular. A extrema esquerda (parece que a extrema direita também já quer lugar no palco...) toma conta do assunto com mestria, o xarroco, por conta do PC, o tipo do STOP por conta do BE, e outras franjas, seguidos por manadas de irresponsáveis, não largam os tele-jornais, ocupam as manchetes, gritam e exploram a histeria própria e alheia. O primeiro-ministro (há disso?) está calado, foge aos encartes como é seu hábito, não sabe de nada, não lhe disseram nada, não é responsável por nada, não se pronuncia, coisa alguma o incomoda... coitadinho, anda a pensar no seu internacional futuro e, tirando o pupilo Galamba, o resto é caspa.

No meio da bagunça, os alunos nem de moeda de troca servem, são pormenor de somenos . O chamado governo faz o mesmo que criticava ao Passos (há vida para além da dívida, Sampaio dixit), as contas certas do Passos eram um erro, as contas certas do Costa são um acto heróico, só que o Passos estava a tinir por obra e graça do PS,  e o PS, hoje, nada em dinheiro. Afinal, vive à custa das contas do Passos.

Escrevia Filomena  Mónica aqui há dias que, no tempo de ditadura, a maioria estava apática. É verdade. Hoje, parece que a democracia produz efeito semelhante. Cansados de tanta trafulhice, de tantra aldrabice, de tanta propaganda (em matéria de propaganda o Costa mete o Salazar num chinelo), o pessoal deixa arder, na triste convicção de que nada vale a pena.

Sair disto? Ninguém sabe como. Saberão, no futuro, multidões de alunos sem aulas, sem exames, sem avaliações, sem serviços mínimos, sacrificados à sanha irresponsável dos professores e ao deixa andar do Costa. Verão que sairam disto incultos, ignorantes, sem oportunidades.

“O sono da razão engendra monstros”. Está a engendrar. Já temos monstros com fartura.   

 

4.6.23

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