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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

QUEM GANHOU NA MADEIRA? (uma “análise”)

Os minhocas ganharam um deputadinho cada um. O Ventura também, quatro deputadecos. “Analisando”, perderam todos. Parece que há um que terá dois, mas não me lembro qual.

O que ganhou, perdeu, garantem os minhocas em afinado coro.

Perder, perder, só o PS perdeu, e não foi por pouco. Reconheceu, vá lá. Sem culpas próprias, como de costume: desta vez atirou-as para as costas do candidato, coitado do candidato. O capitão parece que esperava por isto e fez como de costume, assobiou para o ar e foi o primeiro a abandonar o barco. Ou por outra, nem sequer foi a bordo, podia molhar-se.  

A chusma de minhocas, mais o Chega (menos minhoca que os outros), garante as maiores dificuldades para o futuro, seja ele qual for.

O ganhador (que perdeu!) vai ver-se com um ou dois minhocas nos braços. Diz-se que faltou à palavra, que teve mais olhos que barriga, que deu o dito por não dito. Como deu com os pés ao Chega, safou-se de lhe chamarem fascista, nazi, homofóbico, extremista e outros suaves adjectivos da nova moral. O chefe dele aproveitou para meter o Chega nos varais, o que talvez dê certo no futuro, ainda que não cale a berraria dos minhocas cá no rectângulo. Tenha cão ou não tenha.

Entretanto, o PS continuará a dar, ou prometer umas esmolas. Chegou ao ponto (a “bem” dos dinheiros públicos) de se deixar ultrapassar pelos patrões em matéria de salários! Console-se o povo ignaro, para o ano há eleições, mais umas esmolas virão entreter o pagode (os patrões não vão a votos). As contas vão ser uma maravilha, devidamente medinadas. A malta, contente com as esmolinhas, não faltará à chamada.

No fim da história, tudo ficará pior, and counting.

Nota: este post é um chorrilho de disparates, dirão os comentadores, se os houver. O que nos safa de chorar é rir, mesmo que o riso seja amarelo.

 

25.9.23

ESTATUÁRIA

Não faltam mamarrachos por este país fora. Muitos deles, espalhados pelo país, estarão sujeitos ao nojo de uns e à admiração de outros.

Há uma data de anos, era o IRRITADO deputado independente (lista do PSD) na assembleia municipal de Lisboa, fez uma intervenção sobre o cutileiral falo que sobre nós mija no alto do Parque Eduardo VII. A oposição, em bloco, chamou-lhe os piores nomes. Aquilo era um símbolo da liberdade(?), da democracia(?), do bom gosto(!), o orador não passava de um protofascista encapotado, inimigo da cultura e digno de outros mimos ainda hoje desgraçadamente em voga. Os que não eram da oposição fizeram um sorriso amarelo... coitado, este gajo é parvo. Rabo entre as pernas, o IRRITADO não falou mais no assunto.

Com a vinda do Papa houve uma polémica dos diabos por causa do hediondo mamarracho. Tira-se, põe-se, não sei no que acabou, mas parece que vamos continuar com aquela coisa a ofender o local mais nobre da cidade.

Eis senão quando, mais de vinte anos depois do discurso do IRRITADO, dona Clara Ferreira Alves, numa das suas diatribes semanais, se mostrou, ó espanto, ofendida com a coisa, tecendo-lhe considerações quiçá mais violentas e certamente mais talentosas que as dele.

Aqui fica uma saudação à coragem da senhora, na esperança que não venha a ser objecto dos adjectivos a que este escrevinhador a seu tempo foi sujeito.

Bem não ficaria se não aproveitasse para elogiar o antipático presidente do Porto pela sua justa revolta contra a porcaria com a qual a cidade “homenageia” Camilo. Fascista, pelo menos, será o que a esquerda lhe vai chamar, ou já chamou.

18.9.23

O PRESIDENTE ESTÁ BOM DA CABEÇA?

No Quebec, o nosso bem-amado Presidente teve duas saídas dignas de nota.

Perante o decote generoso de uma orgulhosa Maria, comentou que tal generosidade lhe podia provocar uma gripe. Quer dizer apreciou, prazenteiro ou desejoso, as protuberâncias mamárias da senhora e não resistiu a uma piada que, em tempos modernos, se pode facilmente classificar como assédio sexual e que, noutros tempos, se chamaria falta de educação ou piada de mau gosto, classificação que, uma vez aplicada a um dito do Presidente, só pode ser atribuída a cretinice ou falta de juízo.

Não contente com o evidente sucesso desta abstrusa manifestação, Sua Excelência repetiu os sintomas. Noutro sítio, a posar para uma fotografia com populares, perguntou se uma cadeira aguentaria com uma apoiante de notável peso, senhora que antes se diria gorda, e hoje obesa, que é mais bonito e está a dar. A cadeira era de plástico, mas aguentou. As pessoas, dado tratar-se do Presidente, dito de todos os portugueses mas só da República, também aguentaram, que remédio.  

Em conclusão, legítimo será pensar que aos serviços da presidência devia ser acrescentado um psiquiatra.

 

18.9.23

MOEDA PÉSSIMA

O IRRITADO, por razões que pede escusa de referir, tem andado numa pausa, não diria moribunda, mas certamente preguiçosa, ou paspalhona. Desculpas são devidas aos poucos que o têm seguido pelos anos fora.

Então, meu palerma, mergulhados que estamos, e cada vez mais, na polcilga da nossa política, não há nada que te irrite? A resposta é: há, talvez mais do nunca. Mas é tanto, que, visto o que se vê, por onde começar? Por que ponta pegar?

O livro do Cavaco excitou o IRRITADO até mais do que os comentários ao silêncio do Costa no Conselho de Estado, coisa que fez correr rios de tinta, mas que tem a mais simples das explições: o fulano deu largas à sua natureza de labrego, e pronto. Não é novidade. Tinha escrito umas coisas sobre o assunto, mas achei que o blog não merecia entrar em tal esterco.

Já a cavacal literatura merece umas bocas. Não pelo que lá está mas pelo que motivou.

Porque será que as hostes das ratazanas do Rato e os seus muchachos opinativos entraram em histeria colectiva? Porque é que um político, por sinal o maior triunfador eleitoral da história da III República, anos e anos depois de retirado provoca tamanha e tão tremebunda onda de declarações, qual delas mais estúpida? Será que a estupidez é a mais importante característica do poder em vigor? Talvez. Olhem, por exemplo, o “pacote da habitação”: haverá maior prova?

A tremebunda excitação tem sido oceânica. Não há bicho-careta que não se erga, ou baixe, em condenações. Porquê? direi que por compração. Olham-se ao espelho, veem o que aconteceu, e não aguentam. Gente que não foi capaz de uma só reforma, de uma decisão com pés e cabeça, de um resultado positivo com alguma profundidade, de cumprir uma promessa, de dizer uma verdade consequente, gente que vive isolada em si própria com o único objectivo de conservar o poder, por podre que se revele, que engana sem escrúpulos, não aguenta que Cavaco lhes esfregue nas fuças os seus anos de governo.

Permitam-me duas franquezas. Nunca fui simpatizante da pessoa de Cavaco, nunca lhe achei graça, e até testemunhei não poucas atitudes suas pouco dignas da elogio. Mas testemunhei também que os dez anos de governo do homem foram os melhores, em termos de avanço social, da democracia portuguesa. É sabido que a democracia liberal não é garantia de riqueza ou de progresso social e económico. Mas também é verdade que o ideal será juntar as duas coisas. Cavaco fê-lo, e teve tempo para tal. O país de 1985, dez anos depois, tinha mudado de cara, tinha progredido, era outra coisa, bem melhor, e sustentável, como ora se diz. Não é preciso grandes estudos, nem números, nem opinões “abalizadas” para o provar. Via-se. Viu-se. Para o caso, é o que interessa.

A cáfila de hoje, carregada de dinheiro que mete num chinelo o que Cavaco foi buscar, o que fez foi empobrecer o país, dar cabo dos serviços sociais (sem excepção!), do funcionamento da administração pública, da esperança colectiva, tornou os portugueses apáticos, à espera de mais uma esmolinha. À semelhança do governo, diga-se.

Quando Cavaco, com todos os seus defeitos, apesar da sua antipatia socio-cultural, diz o que pensa, com todo o direito a fazê-lo, as hostes poderosas entram num frenesim cretino, condenam o que deviam elogiar, dedicam-se a anatemizam um passado que as envergonha, no fundo pondo a nu a sua própria e tão contraproducente inutilidade.

Os fiéis herdeiros de Sócrates, em vez de vergonha do seu passado recente, e indecente, dedicam-se a condenar outro passado, mais logínquo, mas decente. Juntam à estupidez a arrogância. Se a “má moeda” (é pena) era do Cavaco, esta, péssima, é do Costa.

 

17.9.23  

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