O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill
Aqui há dias, houve na minha rua uma rotura nos canos da EPAL. Um riacho correu pelas valetas, semi-inclinadas cá no sítio. Ao passar pelas sarjetas, a marota da água continuava a passar como se nada fosse.
Ao ver isto da janela, o IRRITADO, que não percebe nada de hidráulica mas não se considera estúpido (passe a imodéstia), pensou: então anda o Moedas a gastar milhões, honra lhe seja, na construção de uns túneis para esgotamento das águas da cidade e evitar inundações, e as sargetas estão entupidas? Vale a pena o trabalho e o dinheiro? Para que servem os túneis se não há escoamento para eles?
Fica a questão. Talvez o Moedas se lembre de mobilizar uns mihõesinhos para reabilitar as sargetas.
As afirmações de “princípio” dos mais altos dirigentes do Chega, talvez espelhando e alimentando os “valores” de uma raiva social digna de nazis que acredito possa não ser representativa da maioria dos seus eleitores, são, a todos os títulos, miseráveis, indignas de seres humanos e colocam-se para além, ou abaixo, do tolerável em qualquer sociedade civilizada.
Resultado: para já, abriu-se o pano para o palco de uma multidão de “peticionários” cuja postura vai muito para além qualquer justa indignacão. Estamos mergulhados, completamente a despropósito, numa desbragada campanha de propaganda do chamado politicamente correcto, do nacional wokismo, do tempo de antena à la carte para a “ideologia de género” (veja-se, por exemplo, as declarações de hoje, do Sr. Prata Roque), do fartar vilanagem nas televisões, personificado, quase em exclusivo, por habituais activistas da esquerda radical. Eis o que a estupidez das convicções do Chega já conseguiu. E muito mais vai conseguir, com a habitual subserviência e colaboração dos media (mídia, em “ignorantês”), jornais, rádios, TV, redes sociais...
É evidente que as declarações dos “venturas” merecem repúdio e castigo. A Democracia e o Direito não são compatíveis com a propaganda da morte, da violência, da perseguição política, da desumanidade. Mas também não o deveriam ser com o seu indecente aproveitamento para a propaganda radical de coisas praticamente tão más como as que, com razão, condenam.
A pessegada dos dizeres sobre os selváticos acontecimentos dos últimos dias parece não ter fim.
A parceria do ódio (Chega e Bloco) já disse o que tinha a dizer, já odiou o que tinha a odiar, já entrou nos seus habituais orgasmos, e parece quere continuar. Interessa tanto o que dizem (ou cospem) uns, como o que dizem (ou arrotam) os outros.
De resto, não há quem não meta os pés pelas mãos sobre o assunto. Ao certo, ninguém sabe de nada.
Já se disse quase tudo o que se tinha a dizer e a contradizer. É o que temos.
O IRRITADO vem só acrescentar uma coisinha que está em falta. Quem se lembra do motorista que levou com um coktail molotov na cara e está a lutar pela vida no hospital? Então o homem, que não tem culpa de nada, não é suspeito de nada, nem uma palavrinha merece?
Passados uns meses de pantominas várias, vimos ontem, armado em homenzinho, o socialista-mor dizer que, contra as suas próprias “razões”, deixará passar o orçamento. Partindo do princípio que não dará ao fulano alguma birra pelo caminho, o Montenegro vai ter orçamento. O paspalho não deixará de lhe fazer a vida negra na “especialidade”, e, em definitivo, nada está garantido. Para já, temos a palhaçada interrompida por uns dias. Estamos só no intervalo.
Ficou, porém, por dizer a razão principal para a anunciada decisão. O socialismo do Rato, com o chefe à cabeça, borrou-se de medo com a hipótese de eleições. E se o Montenegro esquecesse o “não é não”? E se o Chega que, em cagaço, ombreia com o PS, uma vez devidamente encolhido, se civilizasse? Onde iria parar o barbaças e a sua tribo?
Já tudo está dito, redito e tredito sobre o horrível espectáculo da chegada de Ricardo Salgado ao tribunal. A cena já se tinha dado, pelo menos noutra ocasião, sem que tantas almas se condoessem.
Adiante.
Salgado não pode, simplesmente, ser julgado. Neste aspecto, acabou-se a “festa”. Compete imaginar o que se vai seguir, que vai ser outra “festa”, talvez ainda mais interessante para a multitudão de opinadores que já anda para aí a esbracejar.
Junto-me à alcateia, sem vénia nenhuma. O novo episódio poderia chamar-se, se isto fosse uma telenovela: “Quem, eu?”, com personagens vários.
Assim:
Dei um pontapé nas contas porque o chefe mandou. Assinei porque o chefe quis que assinasse, tive medo de ser ficar sem emprego, tenho mulher/marido, e filhos. Pois, é verdade, eu até suspeitei que havia marosca, quem era eu para duvidar do chefe? Isso era coisa do GES e eu era do BES, não sei o que estou aqui a fazer. Isso passou-se em Angola e eu estava em Cacilhas! Eu não fabriquei nada, as coisas já vinham feitas lá de cima, e em cima mandava o chefe. Etc., por aí fora.
Pois, há muita malta, coitada, que se viu envolvida, sem mandar em nada, sem saber de nada, sem decidir nada.
Se calhar todos têm razão. Como o chefe, coitado, já não pode responder, o problema está resolvido.
Vai dar um trabalhão (olhem o caso do Sr. Pinto Sousa, conhecido por "engenheiro Sócrates"), mas ou muito me engano ou a montanha não vai parir um rato, só umas ratinhas mais ou menos inofensivas.
Daqui a largos anos o IRRITADO estará a fazer tijolo. Já não se irritará. Deixa a tarefa aos trinetos.
Anda para aí um anúncio, de págima inteira, duma coisa que se chama MEO, onde um tipo qualquer abraça um giagantesco dístico onde se lê OLIVENZA - grafia castelhana. O slogan, por sua vez, reza “Portugal e arredores”.
Talvez a respeito das burrices do ministro da defesa nesta matéria, havia que explorar o assunto com lata, acrescida de ignorância. A referência a “arredores” outra coisa não significa que não seja que Olivença é um “arredor” de Portugal, que não Portugal.
Vejamos. Olivença foi roubada (“tomada” manu militari) pela Espanha, nas confusões da guerra peninsular, julgo que quando Castela, ou Espanha, ainda esatava “feita” com os franceses. Mais tarde, o referido país, assinou um tratado que impunha a restituição do concelho ao seu legítimo proprietário, ou seja, à soberania portuguesa. Espanha, useira e vezeira nestas matérias, jamais cumpriu o que assinou.
Hoje, a situação é esta: Olivença está apinhada de espanhóis e de património histórico português. Absurdo, mas verdadeiro. Quem lá vai, percebe que está em Espanha. Não há nada a fazer, nem a Portugal convém pôr-se aos pulos sobre o assunto. Para chatices e roubalheiras a água do Alqueva já chega. Idiota seria levantar a questão depois de tantos anos. Mas, convenhamos, a fronteira, à luz do direito internacional - vem nos mapas (das estradas e da ONU) - não é reconhecida por Portugal, e muito bem. Uma coisa é tolerar uma situação de facto, outra é reconhecê-la de jure. Digamos, para simplificar, que Olivença será “território português sob administração espanhola”, ou coisa do género. Ponto.
Mas não é um “arredor”! Nenhuma empresa, maxime a monstruosa e antipática MEO, tem o direito de o afirmar.
Vão lá estender o sinal para onde lhes apetecer, mas sem dar (mais) pontapés na História, no Diteito, ou na gramática.
Não se assustem. Não vou dizer mal. Pelo contrário, este texto é uma humilde homenagm a essa maravilha fatal da nossa idade que se chama PAN.
Andam por aí uns giantescos outdoors dessa prestimosa organização, nos quais, ilustrado com uma cama de casal, o PAN reza, em elegantes parangonas que “touradas só na cama”, mas “com consentimento”, ainda que não esclarecendo quem consente, se o touro se o toureiro.
Repare-se na educação, na delicadeza, no bom gosto, no requinte desta tão singela mensagem. Admire-se a imaginação, a inteligência, a sabedoria - por certo de experiência feita – da putativa autora desta maravilha.
Além disto, o magnífico cartaz implica conhecimenos filosóficos de grande altura, se, por exemplo, pensarmos nas várias modalidades do que a senhora fará na cama, pegas de caras, de cernelha, rabejamentos, bandarilhas... para já não falar de assassinatos como os que os espanhóis praticam aniquilando o adversário à espadeirada.
Tudo isto demonstra a estatura intelectual e o elevado QI da agremiação e da sua chefe. Ficará certamente a dúvida de saber quem, na cama do PAN, será o touro e quem será o toureiro, coisa que, mui justamente, ficará ao critério de cada um. Interessante desafio!
Aqui ficam estas sinceras declarações, a fim de que ninguém possa duvidar da admiração e do respeito que o IRRITADO, mui justamente, nutre pelo PAN e pela sua líder.
O IRRITADO, encarecidamente, pede aos seus leitores (amigos ou nem por isso) que o ajudem na resposta a esta angustiante pergunta: o que fez o Sr. Costa “pela paz”, de tão notável e universal importância que o fez merecedor de um prémio dado pela OCDE, UNESCO, ou lá o que é, que o distingue com global fama e com um chequinho de 140.000 euros?
Confesso que o IRRITADO sofre de evidente iliteracia nestas especiosas matérias e não vê senão falta de paz por todos os lados. Mas, para quem vai lendo alguns jornais, difícil seria não dar pelos com certeza gigantescos feitos de tão importante personagem em matéria de paz, (ou de falta dela?).
Dizem as sondagens, e admitamos que merecem algum crédito, que o famoso almirante do covide é o tipo ideal para se tornar Chefe do Estado.
Vejamos. O almirante era, antes do covide, um desconhecido, tão desconhecido que nem ilustre se lhe podia chamar.
Veio a chamada pandemia e, logo a seguir, ou durante, apareceu uma senhora, tão desconhecida como ele e sem nada de ilustre, mas tristemente célebre de um dia para o outro por cantar a “internacional” no duche. E ainda mais tristemente quando, eventualmente por causa da filosofia da dita cantiga, acabou com pelo menos três hospitais que funcionavam bem e até davam dinheiro e pôs de pantanas o seu bem-amado SNS. Tais feitos, aliados à mais radical incompetência no caso do covide, renderam-lhe formidáveis aplausos do PS (a estupidez não tem asas mas voa...) e levaram-na escada acima até à AR e ao Parlamento Europeu - local onde já se tornou conhecida por várias asneiras e votos de pernas para o ar.
O estatal desespero do governo e do povo levou a que a tropa fosse chamada para tratar do covide. E assim, com todo mérito, o almirante deixou de ser desconhecido e tornou-se uma nacional celebridade. Para além da gestão das chamadas vacinas, passou a herói dos submarinos, entre outros feitos de que já não me lembro.
Não lhe nego tais qualidades. Mas não me ocorreria, até hoje, guindá-lo à chefia do Estado. Aqui bate o ponto. Porquê a preferência das gentes?
Arrisco uma tese. As pessoas vêem os partidos políticos a procurar um dos seus para o cargo. Ou seja, segundo os profissionais da política, o futuro Presidente tem, obrigatoriamente, que ser do PC, do BE, do PS, do PSD, ou até algum cão, desde que filiado no PAN.
Daí que prefiram um cidadão sem ideias ou fidelidades políticas conhecidas, mas publicamente conhecido e apreciado. Alguém que não ameace meter-se no dia-a-dia da política e que represente o Estado com a devida dignidade e a indispensável gravitas.
À mão, só o almirante.
Veja-se o que aconteceu na desgraçada I República. No meio do nacional esterco surgiu o Sidónio Pais, amado pelo povo e odiado pelo esterco que o matou. Chamavam-lhe Presidente-Rei, porque viam nele, bem ou mal, a redignificação do Estado. Na II República, o Presidente passou a ser um militar, mero representante do poder radical de outrem. Na III República, passada a tentada militarização comunista, voltámos aos Presidentes partidários. De notar que um dos mais radicais republicanos do país (Raul Rego), ao procurar o maior elogio possível para Mário Soares, lhe chamou Presidente-Rei.
É isso. Os portugueses, mesmo que inconscientemente, quereriam um Rei. Alguém que “reinasse” fora do dia-adia e das suas guerrilhas. Exemplos não faltam por essa Europa fora, nas melhores democracias do mundo. Aguém que pudesse representar e dignificar o essencial do País.