EXEMPLOS NÃO FALTAM
Muito se tem dito e escrito sobre a história de um senhor que caíu do trono, parece que por andar com uma subordinada. Coisas que têm a ver com um código qualquer em vigor na empresa onde trabalhava, ou trabalha. Ponto. Sem comentários.
Comentário merece o artigo sobre o assunto escrito de um senhor Tavares (um fulano que não é carne nem peixe, nem antes pelo contrário) no Público de hoje, o qual, para além de achar muito bem o que aconteceu ao tal senhor, vem declarar que ele dava “facadas no matrimónio”, o que corresponde a entrar na vidinha do homem com informação ainda não confirmada por ninguém, isto para além da não interessar para o caso e de só ter a ver com a vida mais que privada do dito.
Mais importante que isto é a “justificação” da origem do caso: uma denúncia anónima. Com razão ou sem ela, fica provado que as autoridades, da empresa no caso, mas válido para todas, se servem da bufaria para, as mais das vezes, outra coisa não fazerem que dar cabo da vida de alguém.
Um bufo é um tipo que diz o que lhe apetecer de forma totalmente irresponsável. No tempo da PIDE, compreendia-se, os bufos eram uma das mais distintas fontes de informação da polícia. Pensar-se-ia que neste Estado de direito, as denúncias anónimas teriam como destino o caixote. É evidente que tais denúncias se destinam a prejudicar terceiros, sem assumir qualquer responsabilidade. Mas é o que está a dar, até oficialmente. A polícia, a procuradoria, as “redes”, tudo minha gente contribui para a impunidade, e para a credibilidade, dos bufos.
Pensem nisto e peçam aos anjinhos que não haja algum tipo que não os grame a vir dizer que assaltaram um banco. Tudo mentira, mas o mar de chatices é capaz de levar anos a acalmar. Exemplos não faltam.
14.1.25