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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

A CEM ANOS DA DESGRAÇA

Aquecidinha com dois lindos milhões de contos, a comissão das comemorações da repugnante golpada do 5 de Outubro de 1910 prepara-se para inundar a Nação, começando pelas escolas, com o embuste histórico da primeira República. Será devidamente ocultada a origem terrorista da coisa, os males que causou, a desgraça e a miséria a que conduziu o país, os presos, os deportados, os torturados, os assassinados, toda a miséria moral e política a que conduziu o país, a ponto que o tornar desejoso da ditadura - a segunda República - que acabou por se abater sobre a Nação, interminável e sem paralelo na nossa História.

Era já tempo de esquecer as aldrabices com que se tem brindado o povo e as criancinhas, de tratar os factos históricos como tal, de descrever o que se passou, as motivações do que se passou, as consequências do que se passou, em vez de inventar razões para comemorações e fantochadas pseudo patrióticas e pseudo morais.
 
Continuamos prisioneiros de uma geração completamente caduca e ultrapassada, que ainda não quis perceber a borrada que os seus “maiores” fizeram.
 
O 5 de Outubro aniquilou, com a desculpa da “liberdade” e da “democracia”, um sistema de chefia do Estado com sete séculos, chefia do Estado que, onde soube manter-se, patrocinou a criação e representa os melhores regimes democráticos da Europa.
 
Com o 5 de Outubro, o sistema político continuou a ser o mesmo: o parlamentar. Só que passou a funcionar muito pior que antes. E, para lá de algumas “modernizações”, a liberdade foi praticamente aniquilada, o país (des)governado por cliques antagónicas e ferozes, a rua possuída por máfias assassinas, os sindicalistas presos e espancados, o partido socialista (de inspiração anarquista) proibido, sucedendo-se os governos, as revoluções, as bombas, os crimes políticos, a desgraça financeira, a miséria económica.
Foi isto o que o 5 de Outubro nos trouxe. As poucas realizações positivas da coisa são largamente ultrapassadas pelo horror de um regime que de democrático mais não tinha que a máscara.
 
É certo que, por altura do 5 de Outubro, as coisas não corriam bem na governação do país.
Como o que interessava aos republicanos era a mudança de moscas - o que a História veio a provar à saciedade – decapitou-se o que existia substituindo-o por outra coisa que lhe agravou os defeitos, os vícios e as misérias, sem que nada de substancialmente melhor fosse trazido à Nação.
 
A segunda República, que não vai ser comemorada pelos comemoradores, foi que foi. Mas, para os comemoradores, tal República nem existiu, isto é, não foi uma república. Só lhes falta descobrir que o general Craveiro Lopes era filho do marechal Carmona e pai do Almirante Américo Tomás, fundando assim a 5ª Dinastia, a do Estado Novo.
 
Como é que um regime que se diz democrático comemora essa espécie de Alcácer-Quibir da Liberdade que foi o 5 de Outubro, cujas ominosas consequências se prologaram por, pelo menos, 65 anos, como é que se gasta 2 milhões de contos dos nossos impostos para continuar a enganar o povo com a falsificação da História, são  coisas que jamais o Irritado perceberá, ou aceitará.
 
22.2.09
 
António Borges de Carvalho

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