CRIANCINHAS E BANDEIRAS
Em louvável iniciativa, o Ministério da Cultura vai começar a levar grupos de criancinhas, dos 6 aos 12 anos, ao Panteão Nacional, “a fim de lhes dar a conhecer a história da Bandeira Portuguesa”, símbolo que a Constituição consagra como “nacional”, sem que reconheça em artigo algum a existência da Nação.
Demos de barato este pormenor.
Sem esperança nenhuma, espero que os ilustres professores contratados para o efeito expliquem às criancinhas que as cores da Bandeira Nacional foram o azul e o branco durante cerca de seis séculos, e só o branco durante quase dois.
E que lhes ensinem que as cores da Bandeira Portuguesa são hoje as do defunto Partido Republicano. Não as da Nação.
E que comparem o “avanço histórico” que República operou na Bandeira com o que se passou na Rússia quando as cores da Nação foram deitadas para o lixo e substituídas pelo vermelho dos sovietes.
Sabemos que a História, em Portugal e não só, se escreve com agá pequeno. E algo nos diz que as “explicações” às criancinhas vão ser um chorrilho de historietas, asneiras e aldrabices.
Coisas da moral republicana...
11.4.09
António Borges de Carvalho