DA DITADURA GLOBAL
Vivemos os dias mais histéricos da moderna história da humanidade. Passados que são uns vinte anos de terror ecológico, a coisa estoira na Dinamarca, num fogo de artifício de ameaças e de pavor.
A histeria politicamente correcta faz girar milhares de desgraçados e de vândalos que repescam, ignorantes e revoltados, as velhas teorias para-religiosas do fim do mundo, agora com pretextos “científicos”. Giram as boas almas, correctíssimas, que, mamando nos universais orçamentos, viajam, comem e bebem pelo mundo fora com a admirável desculpa de estar “a salvar a terra”. Giram “cientistas” pagos pela loucura universal da ONU para chegar a determinadas conclusões, mesmo que para isso tenham que manipular os próprios dados que inventaram. Giram governos à procura de mais impostos, que cobrarão para autorizar emissões de CO2. Giram “empresários” e “financeiros” a fazer contas às massas que vão encaixar nas compras e vendas dos direitos de emitir. Giram papalvos aos milhões, convencidos pela propaganda universal da universal catástrofe.
Gira tudo minha gente.
A Terra, essa, continua a girar, indiferente às aldrabices da humanidade.
Como é possível?
Como é possível que as rectas intenções de tanta gente que, a partir de meados do século XX, começou a preocupar-se com o ambiente, tenham dado nisto? Como é que inquietações tão genuínas como as que se levantaram sobre a preservação da diversidade genética, a conservação das espécies, a qualidade dos agentes ambientais - ar, água, solo, subsolo - tenham dado nisto? Como é que as multidões de oportunistas, de falsos ou bem pagos cientistas, de divulgadores de desgraças, de agentes económicos, de escritores e jornalistas, de políticos, de professores, de revoltados, de analfabetos, de díscolos, se uniram para aterrorizar a humanidade inteira, ainda por cima com o chantagista e falsíssimo argumento da “solidariedade” com os mais fracos arvorada em “objectivo global”.
Quem ainda se preocupa com a vida dos ursos polares sabe que a espécie está cheia de saúde, que o derreter dos gelos lhe facilita a alimentação e que por isso… cada vez há mais ursos!
Mas a onda correcta apregoa que não. O derreter dos gelos vai matá-los a todos!
Quem ainda tem alguma noção do que pode ocasionar a liquefacção das calotas polares, sabe que ela nada ou quase nada tem a ver com a subida da temperatura do ar, mas com alterações das correntes marítimas, eventualmente devidas à conhecida mudança do ângulo do eixo da terra.
Cais quê! É o CO2, é a humanidade que, formada por autênticos assassinos, enche a atmosfera de um produto que a faz aquecer!
Quem leu meia dúzia de artigos decentes sabe que, na Terra, a temperatura já subiu e já desceu vezes sem conta, e em altas proporções, sem que emissões humanas de CO2, ou indústria, ou até humanidade.
Nem pensar! É a humanidade, o capitalismo, o desenvolvimento, a criação de riqueza o que “destrói” o planeta!
Quem se debruçou sobre os gráficos existentes (desde há bem pouco tempo…) das temperaturas do globo sabe que ninguém pode afirmar com rigor que a Terra está a aquecer, muito menos que está a aquecer de maneira catastrófica.
Idiotas. O politicamente correcto manda acreditar que a Terra aquece, e de tal maneira que, daqui a um século ou coisa que o valha, a humanidade terá desaparecido!
Quem, com honestidade, vê que, apesar dos gelos derretidos, o nível dos mares não subiu, acha que as preocupações da humanidade a este respeito são fruto de modelos matemáticos onde cada um introduz as premissas que entende e os factores de risco que inventa, e não de qualquer experiência concreta.
Gente estúpida, que não interioriza os dados “irrefutáveis” do painel de cientistas da ONU!
Quem, de sangue frio, vê na diminuição dos gelos polares a abertura de canais de navegação, a criação de novas oportunidades de progresso, de energia e de sustentabilidade, pensa que a humanidade, se algo perder com isso, muito mais ganhará.
Trapalhões! Então não vêm que a evolução do planeta só trará catástrofes e que a culpa é da humanidade, uma vez que, se não fosse a humanidade, o planeta ficava como está per omnia secula seculorum?
Quem acredita que a evolução do planeta se deve a razões cósmicas contra ou a favor das quais o homem nada pode fazer, acha que proteger os nossos bens naturais, muito bem, conservar a diversidade ainda melhor, limpar a atmosfera das nossas cidades, óptimo, encontrar novas formas de agricultura, mais produtivas e mais baratas, sensacional, encontrar e explorar novas formas de energia, de acordo…
Que ideia! O que essa gente quer é atirar areia para os olhos dos demais, distraí-los da hecatombe universal que aí vem, dar cabo da agricultura através dos transgénicos, ignorar que, ou entramos na onda do “domínio” das alterações climáticas e da histeria global, ou estamos condenados à fome à extinção.
O problema da histeria do “aquecimento” global e das alterações climáticas tem a ver com a extinção, sim, da humanidade, mas através da extinção da Liberdade humana. Dois exemplos cá do sítio:
- O ilustre deputado europeu do PS, o (ex?) comunista Vital Moreira ameaça as massas dizendo claramente que não é lícito alimentar dúvidas sobre a gravidade do aquecimento climático, nem sobre a sua origem humana. E mais diz que há uma corrente negacionista, felizmente, para ele, minoritária;
- O não tão ilustre deputado europeu comunista do BE, um tal Tavares, por seu lado, declara que quem for minimamente sério acredita na catástrofe, o que quer dizer que quem não acredita na coisa é, pelo menos, desonesto.
Aqui temos o verdadeiro espírito do politicamente correcto. Não é lícito pensar de outra forma, quem o fizer é negacionista, leia-se criminoso, que é o que a palavra quer dizer. Além disso, não é sério, nem honesto, o melhor é pô-lo na prisão.
Vêm o espírito da coisa? Se o Vital e o Tavares mandassem - quem diz que não virão a mandar? - passávamos a só poder ter pensamentos “lícitos”, sendo lícito o que eles acham que é lícito, a não poder ser “negacionistas”, sendo negacionista quem como eles não pensar, e a não ser sérios, porque os critérios de seriedade são os deles.
A não ser que esta onda, como a do “buraco do ozono” (por causa dos frigoríficos e das lacas para o cabelo…), venha a desfazer-se na areia, e o mundo a ganhar algum juízo. Será possível?
9.12.09
António Borges de Carvalho