IGNORÂNCIA, ESTUPIDEZ, OU SÓ DESONESTIDADE?
O primeiro-ministro brindou o Parlamento e a Nação com mais um desfiar de provocações, acusações, alarvidades, faltas de educação e de respeito, ameaças veladas ou não, tudo destinado a desestabilizar o funcionamento da III República e, simultaneamente, a afirmar o “seu” poder, em cacos por inanição, bem como total incompetência e estupidez crassa e saloia.
Um pequeno exemplo disto tudo:
Afirmou o senhor Pinto de Sousa que a abolição do PEC “tira”, pelas contas do governo, cerca de 800 milhões de euros de receitas de impostos. Mais adiante, em “resposta” ao PP, disse que a mesma abolição “é uma irresponsabilidade” porque se tratava de um imposto que representava 400 milhões de euros”.
800 milhões? 400 milhões? Imposto?
IGNORÂNCIA: o fulano não sabe que o PEC não é (não era) um imposto, mas sim um adiantamento sobre um imposto - o IRC - passível de confirmação ou devolução no futuro. Por isso, o PEC jamais teve influência na receita, só na tesouraria.
ESTUPIDEZ: para as meninges do fulano 800 milhões e 400 milhões são uma e a mesma coisa.
DESONESTIDADE: é a alternativa. Se calhar, o fulano não é tão estúpido nem tão ignorante como parece, é só desonesto. O que, aliás, já se sabia.
Desonestidade que o faz achar muito bem que se venda a ZON à dona Isabel e muito mal que se venda a CIMPOR aos brasileiros.
Desonestidade que o faz mandar desferir, e desferir ele mesmo, ataques idiotas contra o PR, só porque este se “atreve” a não incluir, nas suas prioridades como Chefe de Estado, o “casamento” de manuéis com joões e de fernandas com amélias. Quando se é visceralmente desonesto, vale tudo.
DESONESTIDADE, ou ESTUPIDEZ, mas sempre abuso de confiança, que o faz dizer, e aos seus sequazes, que o “povo” “sufragou” tal “casamento” quando lhe deu 30% dos votos, e não sufragou o contrário ao dar mais de 50% ao Presidente.
ESTUPIDEZ que o faz não perceber que é capaz de se lixar (praza a Deus!) com estes chorrilhos de barbaridades.
Como o IRRITADO já opinou, ou o PS tem o bom senso de se livrar desta abominável criatura e do bando dos seus mais próximos, ou estamos metidos numa camisa de onze varas.
24.11.09
António Borges de Carvalho