MAIS UMA
Esta coisa dos impostos especiais sobre os bónus dos gestores tem pouco que se lhe diga.
Para os crentes, trata-se de uma medida de “justiça fiscal”, um pontapé em privilégios, um sinal de moderação de costumes, uma medida exemplar para um país que está à beira da miséria.
Os não crentes dirão que, se o patrão paga mais é porque o empregado merece, que ninguém tem nada com isso, que, como o povo em geral os tais gestores já pagam um balúrdio e que não está certo ir-lhes ao bolso, assim, sem mais nem menos.
Os agnósticos perguntarão com que direito se vai o Estado sacar mais impostos aos gestores, se os seus mais altos dirigentes vivem numa floresta de privilégios, benesses e BMW's.
O IRRITADO fica fora desta polémica.
É que não vale a pena. É tudo mentira. Os jornais já demonstraram à saciedade que nada, ou quase nada vai ser cobrado. O senhor Pinto de Sousa resolveu atirar mais um fogacho para “tuga” ver. Depois, tratou de mandar envolver a coisa em panos quentes, para não chatear os seus alvos. Ainda pode vir a precisar deles, não é?
Já que está à beira do abismo… há que preparar o futuro, não é?
10.2.10
António Borges de Carvalho