PEDOCRATAS
Afirmar que a pedofilia é, as mais das vezes, uma das facetas da pederastia, como há dias fez um bispo, ou cardeal, causou enorme gritaria por parte da classe dita pensante.
Trata-se de uma ofensa terrível à distinta “comunidade homossexual”, coisa que, por definição, está acima de qualquer crítica, luta pelos seus “direitos” e é, segundo os mandamentos do politicamente correcto, considerada acima do comum dos mortais. Ostenta a nova classe a bandeira da “igualdade na diferença”, emprestando à igualdade um sentido que não tem, sob pena de deixar de ser igualdade, e interpretando a diferença no sentido de ser fonte de direitos que põem os seus titulares, ou praticantes, num patamar de privilégio que aos demais não é consentido: o de ser diferentes dos homossexuais. “Respeitar a diferença” tornando-a inconsequente, é exactamente o contrário do que, num raciocínio linear ou lógico, seria respeitar a diferença.
Mau grado a opinião da classe dita pensante, os factos aí estão, a dar razão ao eclesiástico que produziu a polémica observação.
Ou as meninas não têm propensão para queixas ou, dizem os factos, a esmagadora maioria dos pedófilos são pederastas. Olhem o caso Casa Pia! Olhem a barulheira que aí vai sobre as culpas pedófilas de membros do clero cristão! Onde estão as meninas abusadas? Talvez na casa dos dois por cento…
Como os pederastas e as suas “irmãs” lésbicas são uma espécie protegida, haverá que dar um sinal de respeito pela diversidade genética que representam, isto conferindo-lhe estatuto de validos da sociedade civil e uma espécie de santidade pré-definida e aceite por quem quiser estar à altura de uma “moral” até há pouco desconhecida. Talvez seja esta a moral republicana, quem sabe? Talvez seja de perguntar ao magnífico Grão Mestre…
18.4.10
António Borges de Carvalho