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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

MAUS CONSELHOS

Não sei porquê, às vezes ponho-me a classificar as pessoas que andam nas bocas do mundo. É discutível que tenha o direito de o fazer. Mas o IRRITADO impõe-se.

Nas várias classificações que inventei, pus o senhor Pinto da Costa em número um dos “homens mais desagradáveis de Portugal”. Nas mulheres, a mais desagradável é, de longe, a dona Cância.

Não conheço nem um nem outro, nem me apetece conhecê-los. Mas, como o visível do invisível é o que aparece, regulo-me pelo que aparece.

 

A dona Cância, por exemplo, dá-nos hoje mais uma demonstração do merecimento da classificação que lhe atribuí.

Numa das suas razoavelmente mal escritas diatribes, a senhora insurge-se contra o Papa.

 

Começa por protestar contra o ambiente de “histeria confessional” em que vivemos, coisa que, mais adiante, classifica de “estado de sítio”.

A seguir, a desagradabilíssima criatura protesta contra o facto de o Papa ser referido na imprensa como “Sua Santidade” (as maiúsculas são minhas), como se os títulos oficiais fossem determinados pela câncias deste mundo, passando a Rainha de Inglaterra a ser tratada por dona Isabel em vez de por Vossa Majestade e o Presidente Cavaco Silva por você em vez de por Vossa Excelência.

Depois, revolta-se contra a tolerância de ponto dada pelas autoridades, como se fosse possível chegar ao trabalho e trabalhar no meio do pandemónio em que a cidade vai estar.  

Prenhe de “verde” indignação, esgrime então contra o putativo facto de os caixotes do lixo ficarem por recolher durante três dias. Não sei onde foi a harpia buscar os três dias, nem jamais a vi protestar com a falta de higiene por ausência de recolha do lixo quanto a coisa é motivada por alguma greve.

A fulana remexe-se, frenética, por se prever que muita, muita gente, vai ver o Papa.

É um incómodo. Pois é. Mas nunca a vi protestar contra os incómodos que causam as manifestações da CGTP/PCP ou as maratonas do senhor Sampaio ou do ex-amante.

Depois, ai, depois a criatura entra em delírio. Acha que, por ser dada ao Papa a recepção que formalmente lhe é devida por ser chefe de Estado, e sociologicamente por arrastar as multidões que arrasta, se pretende inculcar que todos os portugueses são obrigatoriamente católicos, ou tidos como tal. O que é, ou estúpido ou mentiroso.

Só lá vai quem quer. O problema da dona Cância é que há muitos que querem. E ninguém ou quase, quereria ir ver o Fidel Castro ou assiste às paradas de maricas que a indivídua tanto admira.

 

A ninguém passaria pela cabeça criticar as pessoas que vão, às centenas de milhar, ao futebol, ou ao Rock in Rio, nem ninguém diria que, por isso, toda a gente passava a ser adepta da bola ou admiradora dos Sex Pistols.

 

Se se tratar do Papa, para a bruxa, a coisa muda de figura. Não existe o direito, nem de receber o Papa como há milhões de portugueses que o querem, ainda menos o de o Estado dar ao acontecimento a segurança e o relevo que tais portugueses entendem que o assunto merece.

Se fosse o Cristiano Ronaldo, enfim… mas o Papa? Alguém deve andar a brincar com os “direitos” da rapariga.

 

Dona Cância considera-se atingida na sua personalidade pela forma como há uns tipos que reagem a estas coisas e não reagem da mesma forma quando ela sai à rua ou quando cá vem o Dalai Lama.

 

In fine, a mulher confessa a razão de todo o seu militante quão tresloucado jacobinismo.

É que, escreve, “só conheço uma orientação, a da minha consciência”.

Deve ser por isso que anda tão mal aconselhada.     

 

7.5.10

 

António Borges de Carvalho

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