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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

ESCUTAS ILEGAIS

A rede de espionagem do IRRITADO, evidenciando elevada competência técnica, conseguiu ter acesso a uma gravação ultra secreta. Trata-se de escuta telefónica ilegal conseguida pela AFODM, Associação dos Fartos (Olaré) desta Porcaria.

 

O contacto é estabelecido, em conferência, entre os senhores Lolo, Vititino, Ricardino e Varejeiro, há três dias, pelas 19 horas e 15.

 

Lolo – Ganhámos mais esta, xiça, pá!

Vititino – Se não fosse o ilhéu, estávamos feitos, pá.

Ricardino – Mas o gajo portou-se à altura, pá.

Varejeiro – Ora bem! O chefe andava acagaçado com a história, e com toda a razão. Agora que a tempestade já lá vai, o passo seguinte é tratar da saúde àqueles pàraquedistas da Ria, e de tal forma que nunca mais se atrevam a mandar papeladas cá p’ra Lisboa, pá.

L – Não te precipites, pá. Faz a coisa com eficácia científica, hi, hi, pá.

R – Pois é, pá, há que ter cuidado, olha o que me aconteceu quando os gajos filmaram a cena dos espanadores que roubei às sopeiras, pá.

V2 – Não te preocupes, o Varejeiro é mestre nestas coisas, pá.

L – Eh pá… só de pensar o que seria se não fosse o ilhéu, pá.

R – Pois pois, nem queiras saber, pá. O pior é que o Pachecho não se quer calar, ainda é capaz de vir para aí com histórias… que gaita, pá.

V1 – Nem quero pensar nisso. Toda a gente ficava a saber que o chefe é que tinha mandado a peixeira para a rua, ela e mais o marido. Xiça, pá!

L – Só há uma coisa que eu não percebo, pá.

V1, R e V2 – O quê, pá?

L – Como é que aqueles nabos, depois da carta do chefe, que deve ter sido escrita por algum patarata lá da organização, não lhe caem em cima. Está lá tudo, pá.

R – Tudo o quê, pá?

L – Tudo! As trafulhices, aquela do jantar, aquela de dizer que antes do jantar não sabia, mas que já sabia, e que não sabia já sabendo, e que disse que não sabia mas sabia, aquilo é uma trapalhice do caneco, ‘tás a ver, pá?

V2 – Ai é? Eu li a carta mas se calhar não percebi, pá.

L – O que vale é que parece que os gajos também não perceberam. Nem o Pachecho, que é o mais esperto de todos! Também não percebeu, pá.

R – Inacreditável, pá. Mas ainda bem. O Pachecho encarregou-se de acabar com o baile e quem fica a ganhar somos nós, pá, ‘tás a ver, pá?

V2 – É como cavacas, pá, grande vitória! O mais giro é que o chefe acaba por se safar à custa do ilhéu e ao Pachecho, hi, hi, pá.

V1 – Quem havia de dizer, pá?

L – Agora, mesmo que o Pachecho perca a cabeça e ponha tudo cá fora, pá, já não dá nada, ninguém lhe liga, hi,hi, pá.

R, V1, V2 e L, em uníssono, aos pulinhos (ouve-se os pulinhos na gravação) – Olarilolela, já ganhámos mais esta, olaré, olará, e os nabos já perderam mais uma, a partir daqui o chefe pode fazer o que quiser, ele é que sabe o que é verdade e o que é mentira, olarilolela orarilolela, olarilolela, pá, pá, pá.

 

 

A segunda parte da gravação não se reproduz porque se trata de matéria da vida íntima dos intervenientes, expressa numa combinação para ir comemorar no “elefante Branco”, também conhecido por Trombinhas.       

 

22.5.10

 

I.

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