DINHEIRO A RODOS
As finanças concederam a “última”, dizem elas, garantia à CGD para que esta meta mais mil milhões no BPN.
Já lá vão cinco mil milhões, que o Estado garante a si próprio para acudir aos problemas de tesouraria do banco dos trafulhas.
Por outro lado, o BCP, outra flor do jardim do Estado (há quem diga que com a borda debaixo de água), comprou a operação do BPN em França, desta vez sem que sejam públicos os milhões envolvidos, certamente por pudor.
Em duas palavras, as finanças do Estado, enquanto o país vai apertando o cinto, continuam a ser vítimas da “gestão” socialista. Ainda que toda a gente saiba onde isto vai parar, não há quem se revolte. Nem o Presidente, nem o companheiro Coelho (Passos), por exemplo, acham que estas coisas merecem reparo.
Somemos a estes milhões os que o Estado impediu a PT de receber, simultaneamente impedindo que a dita amortizasse a sua monumental dívida e que os bancos, com a corda na garganta, recebessem uns cacaus que teriam, sem nenhuma dúvida, um efeito dinamizador no financiamento da economia.
Só nestes dois casos, vão doze mil milhões de euros. Excelente!
Entretanto, o BPN, em vez de estar fechado há dois anos, como devia, e indemnizados os seus depositantes como é de lei, continua a operar como se nada fosse.
A PT, muito caladinha, continua a dever milhares de milhões.
A economia continua no respectivo buraco.
O Estado está hoje mais arruinado que ontem e estará amanhã mais arruinado que hoje.
O governo continua a desgovernar, o senhor Carvalho da Silva a dizer baboseiras, o Dr. Soares a invectivar os seus fantasmas, o senhor Alegre a ribombar inanidades, o senhor Louça a aldrabar as massas, o senhor Jerónimo a parir cassetes, o senhor Portas (Paulo) à espera de melhores dias e o senhor Coelho (Passos) a desgastar-se, sem perceber que quanto mais tarde pior.
11.7.10
António Borges de Carvalho