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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

DAS FARSAS REPUBLICANAS

 

O Dr. Passos Coelho declarou aqui há dias que “o governo não é sério a negociar”.

Grande descoberta!

O governo e o PM alguma vez foram sérios, fosse no que fosse?

O PM foi sério quanto a si próprio no caso do canudo? Foi sério a fazer projectos da treta lá para as beiras? Foi sério nas suas promessas eleitorais? Foi sério quando, para ganhar as eleições, deu aumentos impossíveis aos funcionários públicos? Foi sério no caso do aeroporto? No caso do TGV? No caso Cova de Beira? Foi sério ao negar a desgraça que criou? Foi sério na gestão dos negócios públicos?

O Dr. Passos Coelho será capaz de nos dizer quando é que o PM foi sério? Não. Presumo que ninguém o será.

 

O PM jamais negociou fosse com quem fosse. Nunca o quando fez tinha maioria. Quando a perdeu, inventou uma palhaçada de recepção aos partidos, dizendo que negociava com todos sem negociar com ninguém. Agora cavalga a onda jogando forte na proclamada impossibilidade de o PSD chumbar o orçamento. Mente desmesuradamente ou manda o rapazola da boca à banda dizer enormidades na televisão.

 

Não se sabe onde isto vai dar. O IRRITADO não se cansou de repetir que Passos Coelho devia ter acabado com esta gente na primeira oportunidade. O PR ter-se-ia visto obrigado a dissolver o Parlamento e a convocar eleições ainda este ano, mau grado as suas contas eleitorais.

Passos Coelho ou teve medo ou foi mal aconselhado. Achou que ainda não era o momento, que tinha a “obrigação patriótica” de deixar o governo governar, coisa que este governo, bem como o precedente, jamais souberam fazer. Em suma, encolheu-se. Deixou passar o PEC e a sua revisão. Agora, na mais completa escuridão quanto ao que o governo tem andado a fazer, ainda que se saiba que é o único governo europeu que aumentou a despesa, o PSD ameaça. Pinto de Sousa ri-se. Para ele cada dia que passa é mais um dia de poder, e ele quer o poder acima de tudo e seja à custa do que for.

Passos Coelho ou os seus conselheiros não quiseram perceber, e deviam tê-lo feito desde a primeira hora, que o pior de todos os males não é o défice, a dívida, a crise económica, o desemprego. É, sim, quem fabricou todas estas desgraças, o senhor Pinto de Sousa e o seu entourage. A “obrigação patriótica” de Passos Coelho era acabar com esta malta o mais depressa possível.

 

Agora que o PR já não pode dissolver a assembleia, o país fica sujeito, de uma forma ou de outra, a continuar a precipitar-se no abismo. Se o orçamento passar, Pinto de Sousa continuará, para vergonha e indignidade de todos nós, a fingir que governa, pelo menos mais um ano. Se o orçamento não passar, então Pinto de Sousa ficará “em gestão”, com duodécimos, a poder continuar a delapidar o que tiver à mão, agora 100% à vontade para não cortar na despesa. Os seus acólitos, sob a sua batuta, fabricarão mais uma monstruosa campanha de desinformação a “demonstrar” que o culpado de todos os males é… o PSD!

 

Nesta alhada estamos, vítimas de análises completamente erradas e de um Presidente que se meteu em tábuas para, alegadamente, ter mais hipóteses de reeleição.

 

A eleição presidencial é uma brincadeira que os constituintes inventaram para dar um ar mais “democrático” à III República. Uma pessegada. Não se elege por sufrágio universal alguém a quem não são conferidos poderes que sejam compagináveis com a sua legitimidade.

Tudo não passa de uma palhaçada sem nome. Já que não temos um Rei, ao menos que o PR fosse eleito pelo parlamento, a fim de colmatar essa formalidade estúpida que é a necessidade da sua existência.

Mas, para o Doutor Cavaco Silva, para o senhor Alegre e quejandos, trata-se de coisa importantíssima, ainda que nenhum deles faça a mais remota ideia sobre o que vai, ou iria, fazer para o Palácio Real de Belém.

 

Assistimos, impotentes, a duas farsas simultâneas e quase tão deletérias uma como a outra: a da manutenção no poder do mais incompetente e desonesto governo da III República, e a da eleição de um Presidente que não mexe uma palha que interesse àqueles a quem o que pode fazer se destinaria.  

 

26.9.10

 

António Borges de Carvalho

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