DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Por várias vezes tem o IRRITADO tecido considerações sobre a maior e mais cara aldrabice de todos os tempos: o aquecimento global e a culpa que, nele, cabe à humanidade.
Trata-se de assunto que tem feito correr rios de tinta - ainda que a "tinta" dos "não crentes", "negacionistas" e quejandos não mereça, as mais das vezes, eco nas parangonas dos media.
Não sendo a vastidão do tema compatível com o espaço de um blog como este, o IRRITADO tenta hoje contribuir para esclarecer os seus leitores de forma clara, sem entrar em considerações complicadas. Com a devida vénia, traz ao seu conhecimento alguns elementos esclarecedores.
FIGURA 1
É certo que as temperaturas estimadas dos últimos 11.000 anos podem não ser de uma absoluta fidelidade ao real, uma vez que não há delas medições directas. Os cálculos são feitos via estudo de cores dos gelos ditos eternos, dos anéis de árvores fósseis, milenares ou seculares, etc. A sua fiabilidade é suficiente para que se tenha uma noção clara de que, nos últimos oito milénios, a tendência geral é para o arrefecimento do globo, não para o contrário. O gráfico começa na altura em que a Terra emergiu da Grande Idade do Gelo.
Podemos dizer que 11.000 anos têm algum significado na vida do planeta, o que não se passa com recentes "certezas". De notar a subida das concentrações de CO2, que começou há cerca de 600 anos, altura em que não havia as actividades humanas que hoje são acusadas de o produzir. Assim, se se quisesse encontrar "culpados" teria que se recorrer a outros "arguidos"... Outro dado esclarecedor que este quadro nos dá é o mostrar que, se as temperaturas subissem de acordo com as concentrações de CO2 talvez se pudesse relacionar directamente uma coisa com a outra. Manifestamente não se pode.
A linha preta refere-se às variações de temperatura, a cinzenta às concentrações de CO2.
(segundo G. Bond et al e Parrenin et al.).
FIGURA 2
Um longo e significativo declínio de temperaturas entre 2002 e 2009. Sete anos de arrefecimento global. As previsões, electronicamente viciadas, do IPCC (International Pannel on Climate Change) da ONU - cone ascendente - vão no sentido inverso do que veio a acontecer na realidade - traço a negro.
Fonte: Science and Public Policy Institute.
FIGURA 3
Temperaturas versus CO2 (1998/2008). Como é evidente, as temperaturas do decénio - linha negra - contrariam brutalmente as "previsões" dos "crentes". Os níveis de CO2 - linha cinza - sobem quase na razão inversa das temperaturas, tornando totalmente erróneas as teorias do "consenso científico" sobre o aquecimento global, coisa que nunca existiu a não ser na cabeça do senhor Gore et al.
Fonte: MSU (Metheorological Service of the United Kingdom).
FIGURA 4
Aqui temos o gráfico das temperaturas da baixa troposfera medidas por satélite a partir de 1979. Mais uma vez a verdade a trair os fabricantes de teorias catastróficas. Sem comentários.
Fonte UAH Satellite
FIGURA 5
Em complemento da figura precedente, aqui temos a comparação entre as temperaturas medidas à superfície (cada vez menos fiáveis porque influenciadas por inúmeros factores locais), segundo um dos grandes profetas ao serviço da ONU, o senhor James Hansen, e as fornecidas por satélite. A linha de cima é a de Hansen, a de baixo de satélite. É fácil verificar que os valores de Hansen estão, em média, nada menos de 4ºC acima da "concorrência".
FIGURA 6
A fechar estas informações, um interessante quadro de temperaturas dos últimos mil e cem anos, absolutamente insuspeito uma vez que produzido no âmbito do IPCC. A Idade Média - tempo em que o homem não tinha qualquer influência na produção de CO2 - conheceu um período muito quente, conhecido por Período Quente Medieval. Seguiu-se-lhe a Pequena Idade do Gelo, que se prologou até finais do século XIX. No século XX a temperatura global volta a subir, mas o dealbar do século XXI conhece novas descidas. O que isto tem a ver com o CO2 ou com a actividade do Homem é coisa que nem o mais arguto conseguirá perceber.
Fonte: J.T. Houghton et al., IPCC First assessment report, 1990
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Deixarei alguns comentários para mais tarde, dando aos meus leitores tempo para "digerir" estas informações e/ou procurar outras.
13.11.10
António Borges de Carvalho