ANEDOTA
Contaram-me uma anedota que, como metáfora, muito vale.
Mais ou menos assim:
O autocarro do governo sofreu um gravíssimo acidente no Alentejo. Morreu um ror de gente. Os locais, pressurosos, puseram-se a enterrar os mortos.
Quando chegaram os socorros, o chefe da protecção civil perguntou:
- O primeiro-ministro também morreu?
Respondeu um dos “coveiros”:
- Ele dizia que não, mas como só diz mentiras, enterrámo-lo na mesma…
Sábia fábula!
Politicamente, o governo está morto, ou é um cadáver adiado. De um modo geral, já todos, como o Dr. Amado – a diferença é que o diz -, perceberam que estão mortos.
Só o primeiro-ministro ainda não percebeu, não percebe nem quer perceber.
Por mais que se diga vivo, precisa, com urgência, de um mau enterro.
Eu sei que anda por aí uma série de filmes de vampiros, mortos vivos, etc. Deixar a moda entrar na política parece demais, não é?
À atenção de Sua Excelência o Presidente da República, pedindo-lhe que não deixe que isto se transforme num necrotério.
À atenção do que resta do PS, a fim de que não se enterre ainda mais.
À atenção do senhor Alegre, para que vá encomendando a coroa de flores.
O Pinto de Sousa, esse, já encomendou uma para o Alegre.
14.11.10
António Borges de Carvalho