AS “FAMOSAS”
Segundo a capa de uma revista do jornal do “amigo Oliveira”, hoje publicada, acontece que uma senhora, de seu nome Isabel Figueira, ao que parece rapariga muito conhecida em meios televisivos e em revistas de tetas, está preocupadíssima. Com carradas de razão. “Não sei do meu filho”, declara, presumindo-se que cheia de angústia.
Acontece que um senhor chamado César Peixoto - consta tratar-se de um futebolista -, presume-se que pai da criança (“o Rodrigo”), a foi buscar ao colégio há uns cinco dias, não tendo a pobre mamã tido a dita de o voltar a ver.
Para cúmulo, a senhora anda a braços com uma “relação instável” com um tal Pedro Barroso (?), seu “namorado”.
Não se sabe se por causa da criança se do namorado, a “estrela” (?) foi internada por dois dias, mas já está boa. Felizmente!
Na mesma capa da mesma revista, temos a dita e a honra de saber que a dona Júlia Pinheiro, senhora que, de há anos a esta parte, vem sujeitando o povo ao purgatório da sua voz de cana rachada e ao inferno de uns programas super kitsh e super estúpidos, vai contratar um porco e uma vaca para divertir o povo.
E mais. O “amigo Oliveira” faz-nos saber, ainda na mesma capa da mesma revista, que a dona Isabel Medina (?) anda a sofrer imenso porque tem o marido doente e a mãe muito mal.
Presume o IRRITADO que a revista do “amigo Oliveira”, lá dentro, trará mais detalhada informação sobre as notáveis vidas das três notáveis senhoras, vidas que muito devem interessar ao povo. Como o IRRITADO não leu mais que a capa, não pode “reportar” em conformidade, pelo que pede as maiores desculpas aos seus leitores.
A fechar estas tão singelas palavras, o IRRITADO deseja do fundo do coração
- à dona Isabel F. que reencontre o menino, que faça as pazes com o Pedro e, já agora, também com o César;
- à dona Júlia que se dê bem com a vaca e com o porco;
- à dona Isabel M. que veja melhorar o marido e que a mãezinha viva por muitos e bons anos;
- Às três, bem como às multidões de colegas do mesmo jaez que por aí andam a fazer propaganda das suas misérias das suas iniciativas suíno-vacuns, que vejam se ganham um pouco mais de respeito próprio, já que pela nossa inteligência não lhes deve ser possível arranjá-lo.
18.3.11
António Borges de Carvalho