UMA SUJEIRA
O IRRITADO não sabe nem quer saber se o Dr. Nobre daria ou não um bom presidente da AR.
Mas sabe que a praxe parlamentar manda que seja eleito o candidato indicado pelo maior partido. Sabe que até já houve um presidente eleito que, sendo membro do Opus Dei, não teve da Maçonaria uma oposição frontal. Julgo que foi até o primeiro presidente do Parlamento das Repúblicas (primeira, segunda e terceira) eleito sem o “carimbo” da prestimosa corporação. Sendo um homem do CDS, sem qualquer sombra de experiência, profissional ou política, para o cargo, foi eleito com os votos do PSD, do PPM, partidos da coligação da altura, e até terá recebido alguns votos de outras bancadas.
Não há memória de acontecer coisa parecida com a que hoje se passou.
O Dr. Fernando Nobre não conseguiu ser eleito. Não está em causa saber se era ou não um bom candidato. O que está em causa é que o CDS-PP votou em branco.
Por mais que adoce a pílula, votou contra!
O Dr. Portas (Paulo) mandou votar contra!
Contra o candidato do partido com o qual se coligou!
Contra a mais elementar urbanidade.
Contra um mínimo que fosse de curialidade.
Por pura birra de meninó, o Dr. Portas (Paulo) mandou votar contra!
Que se pode esperar da estabilidade da coligação com uma “abertura de trabalhos” deste calibre?
Estaremos condenados a isto?
Vê-se, neste momento, na SIC notícias, uma senhora do CDS-PP a meter os pés pelas mãos, toda contente porque o Dr. Nobre não fez, por pouco, o pleno dos votos do PSD, a saracotear-se em argumentos de xaxa. Uma miséria!
O CDS-PP começou por mostrar “qualidades” que nada abonam para o futuro e ainda menos abonam em favor do “espírito de corpo” com que encara os seus compromissos políticos.
Deixem-se de mariquices, gaita!
20.6.11
António Borges de Carvalho