PENSAMENTO SOCRÉFIO
Alguns exemplos do pensamento socréfio, segundo Silva:
a) “As políticas orçamentais do PS e do PSD são muito diferentes”.
Pois são. Por exemplo, enquanto o PSD endireitava o orçamento à custa das gorduras do Estado, o PS entorta-as à custa das magrezas dos cidadãos.
Por exemplo, enquanto o PSD nunca passou dos 3% de défice, o PS foi além dos 6, vai passar, diz-se, para os 4,6, e canta que está a “consolidar” e a “baixar”. Talvez seja verdade, talvez baixe, mas em relação aos seus próprios números (de Guterres e de Pinto de Sousa – Sócrates), não em relação aos do PSD (Durão Barroso e Santana Lopes).
b) “ O crescimento económico superou as expectativas”.
Poi foi. A previsão de crescimento do governo, para 2006 era de 1,4%. Diz o governo que foi de 1,3. Portanto, se superou as expectativas, foi pela negativa. Novo conceito de “superação”. À atenção dos dicionaristas.
c) “Em 2006 foram criados 37.000 novos empregos… não chega para compensar os novos membros da população activa”.
Partamos do princípio que a primeira afirmação é verdadeira. A segunda implica que a população activa, ou a querer ser activa, cresceu mais de 37.000 pessoas. Quantas? O Silva não sabe. E as que sairam do mercado? Os novos reformados, os mortos, etc.? Ninguém sabe. O Silva ainda menos. Ou seja, o úmero avançado quer dizer blá blá.
d) “Quanto mais qualificado for alguém, mais possibilidades tem de emprego”.
Compaginemos com os números dos serviços. Dizem estes que a maior incidência do desemprego jóvem é nos licenciados. Em que ficamos? A que qualificações se refere o Silva? Às dos trolhas?
Para reflexão dos incautos.
António Borges de Carvalho