PARABÉNS
Em 12 de Março (post “JOGOS PERIGOSOS”) dissemos de nossa justiça o que pensamos da justiça civil quando se intromete, em nome sabe-se lá de quê, em matérias de disciplina militar. (Mais) uma investida do justicialismo da moda, desta vez parece que apostado na destruição de Instituições fundamentais para a existência e a credibilidade do Estado.
Temíamos, à altura, que as Forças Armadas, as quais, de forma mais ou menos impecável, se têm subordinado aos órgãos de soberania civil, viessem a calar tais intromissões.
Por isso que valha a pena salientar a reacção clara, serena e atempada do Chefe do Estado Maior da Armada que, corajosa e dignamente, veio pôr, perante os seus subordinados, os pontos nos is sobre a matéria.
“Sem disciplina não há comando e sem comando não há Forças Armadas” é, em síntese, a mensagem do Almirante Melo Gomes à sua gente.
Pois é. Prouvera que a Justiça Civil que, de freio nos dentes, investe contra a tal disciplina, fosse capaz de perceber o que está em jogo, e fosse capaz de, neste particular, defender o Estado de Direito que, acrescente-se à mensagem do Almirante, também não existe sem Forças Armadas.
Daqui enviamos os nossos parabéns ao corajoso Oficial.
Os nossos parabéns, igulamente, às recções dos outros chefes militares, tão corajosas e dignas quanto a do seu camarada marinheiro, embora não tão atempadas quanto a dele.
António Borges de Carvalho