DA TORTURA “MEDIÁTICA”
Ontem, o Ministro das Finanças deu uma entrevista à dona Judite, última magna transacção televisiva, em má hora feita pela TVI.
Disse pouco. Na opinião do IRRITADO nada devia ter dito, isto é, só devia aparecer quando tivesse coisas mais substanciais para dizer.
É de compreender que o homem ande muito mais à rasca que a geração que tal coisa se atribui, à laia de pretexto para umas farras no Rossio.
Mas tem desculpa. É que, mesmo que quisesse dizer fosse o que fosse, a hedionda harpia não deixava. O Ministro foi proibido de acabar uma só frase que fosse. Ela queria sangue. Queria escarafunchar. Queria que o homem escorregasse para alguma coisa que contribuísse para a sua, dela, glória de entrevistadora burra, à procura de coices. Ele tem algum jogo de anca, e lá se foi desenrascando, julga-se que para desespero do raio da mulher.
O problema é que, se ela ficou frustrada na sua ânsia de sensacionalismo, nós também ficámos, já que nos dava jeito saber o que o homem pensa.
13.8.11
António Borges de Carvalho