EM DEFESA DO PS E DO SEGURO
Anda um ror de gente preocupadíssimo com o alegado desaparecimento do PS da cena política.
Não é verdade. O mesmíssimo PS, o do Pinto de Sousa, continua a aparecer todos os dias a dizer o que lhe vai na alma. O ladrão de telefones, a dona Maria de Belém (a do PS, não a outra), aquele rapaz que era das finanças ou coisa quer o valha e que tem um olhar assassino, e tantos, tantos outros, continuam a defender o que fizeram (!) e a condenar quase tudo o que os outros fazem.
Só o Seguro parece inseguro. Anda calado, absorto nos seus pensamentos, se é que os tem, provavelmente a pensar como é que se há de livrar do magote de políticos que herdou do seu odiado Pinto de Sousa.
Nada mais natural. Quando as “massas” do partido, ou uns vinte por cento delas, elegeram o camarada Seguro, era evidente que se ia seguir um período muito, muito chato. Primeiro, porque estava na cara que o tal Seguro não tinha estaleca, nem ideias, nem nada que se visse. Segundo, porque ficava entregue a uma matilha que não o podia ver: socrélfios, alegristas & Cª. Terceiro, porque a situação em que as eleições deixaram o partido apontava, sem sombra de dúvida, para uma dolorosa travessia do deserto.
Por tudo isto, vem o IRRITADO à liça, em defesa do PS e do seu infeliz chefe.
Não se pode exigir, como faz uma chusma de opinantes, que um sapateiro toque rabecão, que um clube que caiu para a segunda divisão volte à primeira no campeonato seguinte, nem que a cozinheira faça iscas sem fígado.
25.8.11
António Borges de Carvalho