RODO ALTERNATIVAS
Uns tipos fizeram umas contas e chegaram à conclusão que há quarenta e cinco mil popós que desapareceram das SCUT’s depois da introdução das portagens.
Umas observações, à laia de conclusão:
a) Há 45.000 mil passantes que passaram a passar nas “alternativas” que proclamavam inexistentes;
b) Há 45.000 passantes que não sabem fazer contas, isto é, que gastam mais tempo, mais pneus, mais motores, mais gasolina, mais travões, mais paciência do que gastariam se frequentassem as auto-estradas, tudo para não pagar umas portagens que, contas feitas, sairiam mais barato;
c) Há 45.000 passantes que não passam porque não precisavam das auto-estradas para coisíssima nenhuma;
d) Há 45.000 passantes que não passam porque não querem pagar, nem que isso os prejudique, quer dizer, pelo simples gozo de não pagar, numa de proselitismo caloteiro;
e) Há 45.000 passantes que não passam porque acham que são mais que os outros (os que pagam);
f) Há auto-estradas que foram construídas, não por ser precisas mas porque isso dava dinheiro real aos empreiteiros, falso emprego ao pessoal e ribombante propaganda ao PS;
g) Há uma horda de fulanos que se aproveitam da ignorância alheia - e da própria – para se pôr no poleiro e se armar em líderes locais, explorar a indignação que fomentam e arranjar problemas e chatices sem ponta de fundamento;
h) Como o IRRITADO sempre disse, as alternativas são as auto-estradas, não as outras.
16.10.11
António Borges de Carvalho