DEITEM FORA ESSA PORCARIA!
Parece que o governo aceitou um “plano de reestruturação financeira” da da RTP, com o objectivo de tentar diminuir o respectivo buraco. Asneira!
Vejamos:
- A RTP, ao longo dos últimos anos, vem recebendo do Estado, por ano, cerca de 120 milhões de euros de indemnizações (?!);
- A RTP recebe directamente dos contribuintes, em média, a módica quantia de 97 milhões de euros por ano;
- A RTP, em aumentos de capital para tapar buracos, recebeu do Estado, em 2003, uns 1.300 milhões de euros;
-- Hoje, os tais aumentos de capital ascendem só a 717 milhões;
- A RTP, recebe, como é natural, receitas não especificadas (nos dados que vieram a lume), de publicidade;
- A RTP, em 2012, receberá do Estado, para amortização de dívidas aos bancos, uns 225 milhões de euros;
- A RTP, segundo o Governo, custará ao erário público qualquer coisa com 500 milhões de euros em 2012;
- A RTP tem, nada mais nada menos que 2.200 funcionários.
Atenta esta brilhantíssima situação, ocorre ao IRRITADO perguntar por alma de quem, em nome de quê, por que carga de água anda o pessoal a sustentar esta porcaria financeira e informativa.
Não competiria ao Estado acabar com isto?
De uma vez por todas, mandar para casa o tipo que me pisca o olho como seu fosse da família dele ou alguma miúda, de uma vez por todas vender o edifício, os equipamentos, toda a cangalhada tecnológica que não pára de aumentar, os carros, etc., de uma vez por todas pegar nos milhões das vendas e no que já está comprometido para mandar aquela malta para casa. Se o Estado acha que deve ter um canal para os emigrantes e outro para a África, por exemplo, contrate o serviço com a SIC, com a TVI ou com outra qualquer, e deixe, de uma vez por todas, de sustentar, com o nosso dinheiro - se é que ainda o temos - um poço sem fundo de dívidas e uma coisa de utilidade mais que duvidosa.
Meu caro Relvas, porque é que não anuncia a extinção do monstro, e não o extingue mesmo, em vez de tentar vender uma parte dele por dez réis de mel coado? Ou acha que o Vasconcelos está disposto a ser generoso?
Não será ilusório, infantil e contraproducente imaginar que aquilo tem cura?
17.10.11
António Borges de Carvalho