TRETAS
A humanidade, sobretudo a parte dela dita ocidental, vive mergulhada em medos. O medo é um dos ingredientes mais preciosos do pensamento hodierno, para além de um negócio, de lucros chorudos para uns, de bem pagos postos de “trabalho” para outros, de colossal exploração “mediática” para tantos.
Ora nos borramos de medo com a história das vacas loucas, ora estremecemos de pavor com a da gripe das aves, ora nos culpamos pela morte anunciada do planeta, ora achamos que vamos morrer cancerizados pelas centrais nucleares... e por aí fora.
O cagaço é o mais precioso dos ingredientes para o domínio das pessoas.
Tão condicionada está a humanidade pelo medo, que ninguém se lembra já que as vacas loucas pouco ou nenhum mal nos fizeram, que a gripe das aves foi um “flop” mais ou menos idiota, que o planeta tem outros planos e outros “timings” e se está nas tintas para o CO2 ou outras balelas, coisas incompatíveis com a nossa pretenciosíssima “influência letal”, que o problema de Fucoxima foi o de uma hecatombe natural de dimensões desconhecidas e pouco ou nada teve a ver com a segurança da central nuclear... e por aí fora.
No entanto, basta que uns tipos, umas vezes sérios outras não, lancem hipóteses mais ou menos histéricas, para que milhões de infelizes deixem de comer iscas de vaca, outros milhões gastem fortunas na compra de “Tamiflu” e de desinfectantes para as mãos muito mais caros que o sabão azul e branco, para se criar o comércio de “emissões” que os europeus pagam com língua de palmo enquanto outros, e muito bem, borrifam no assunto, para tremebundar a bempensância instituída e pôr mutidões nas ruas gemendo e ululando de medo por causa dos “desastres nucleares”... e por aí fora.
Quanta gente vive à custa dos lucros do medo, a começar pela ONU e seus assalariados déspotas do clima e outros exploradores da crendice humana, com os seus alertas de pandemia e de desgraça, a continuar nas inacreditáveis balelas de Quioto ou nos “avisos” de Fucoxima, tudo com repercussões financeiras de astronómico valor, como a venda de medicamentos inúteis ou de “direitos” de carbono?
Quanta gente, afanosamente, a ganhar o dinheiro sujo do terror, quantos governos a embarcar nos mais variados embustes, a arruinar os seus povos em nome da “humanidade”, do planeta, da saúde?
É neste mundo que vivemos. Estas são algumas das questões de fundo que impedem as sociedades, sobretudo as ocidentais, as nossas, de olhar o futuro, mergulhadas que as levam a estar em anquilosantes medos, tão caros quanto estúpidos.
Que fazer? Sei lá!
15.3.12
António Borges de Carvalho