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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

DA INDIGNAÇÃO

 

 

Nestas andanças electrónicas, e não só, damos conosco perante uma espécie de “movimento” informal criado por milhares de descontentes para quem, mais que encarar a realidade objectiva dos nossos dias, há que ficar pela simples condenação dos que acham culpados de todos os males que nos afligem.

Culpados haverá, mas nada se combate se gastarmos todas as nossas energias a odiar o que se combate.

Depois, há a generalização. Os “combatentes” pegam em exemplos, muitos deles “exemplares”, daí partindo para a classificação de tudo e mais alguma coisa como sendo parte do problema.

E ainda, o “remédio”. O remédio consiste em classificar tudo e todos que de algum poder disponham. São todos iguais, maus, ladrões, corruptos, mentirosos, safardanas. Correr com todos, prendê-los, aboli-los, sei lá.

A melhor maneira, pensa o IRRITADO, de proteger os maus, os ladrões, corruptos, os mentirosos, os safardanas, é dar-lhes esta benesse: misturá-los de tal maneira, que se percam no meio dos outros. Se assim são todos, assim nenhum o é!

É claro que os profissionais desta filosofia não fazem ideia do que quereriam a seguir a ter atingido os seus objectivos, sejam eles quais forem. Limpeza! Limpeza total, generalizada! Mais nada.    

Depois, depois, se calhar, é o caos. Daí a Fénix. Será?

Formam-se movimentos, primeiro mais ou menos informais, a seguir, que remédio, lá surgem os líderes. O discurso é fácil. Basta condenar! Depois logo se vê. Surgem os poujadismos, os partidos da ética e da moral (sinónimos repetidos à saciedade, a mostrar que os donos do pleonasmo não sabem lá muito bem do que falam), como o falecido PRD, ou outras coisas piores. Soluções, nem uma.

Do lado dos formais (os partidos) é mais ou menos o mesmo: o discurso fácil, se há males há culpados, o capitalismo, ainda melhor se for o “de casino”, os EUA, a dona Ângela, os laboratórios farmacêuticos, um exército de criminosos a que tudo o que é a odiada gente pertencerá. Soluções, nem uma. À excepção, é claro, da limpeza!

Como no tempo do Gonçalves. Partir os dentes à reacção e outros ditos imaginativos e inteligentes. Viu-se o que deu. Competências deitadas ao lixo, “fascistas” perseguidos, o dinheirinho, ou melhor, o dinheirão – havia-o por aí com fartura – foi-se para não mais voltar. Os “criminosos económicos”, fascistas por definição, tudo foi limpo. Numa palavra, foi-se a ditadura mas a democracia estava condenada a ir-se também. Por fim, hossana, aguentou-se. Mas o que estava estragado nunca se consertou.

Os partidos comunistas anseiam por voltar ao mesmo. T’arrenego!

O PS esbraceja, sem ideias, sem projectos, sem ponta por onde se lhe pegue. Cada dia que passa, a sua “obra” fica mais à vista.

Pode ser que a desgraça em que estamos metidos não tenha solução que não seja ir de mal a pior. Mas, se houver outra, não andará longe do caminho que isto vai seguindo. É mau? É péssimo. Mas venham os protestantes, os indignados, os políticos comunistas, os do PS, os comentadores dos jornais e da net, dizer, então, como é. Venha o bispo Januário bojardar porcarias. Venha quem vier, mas diga como deve ser. Para alem de parlapaté populista, para além das omeletas sem ovos.  

Quem quererá separar o trigo do joio? O remédio seria possível. Mas onde está a Justiça, que manda destruir provas, que mete os pés pelas mãos, que se entretem em tricas sindicais e em guerras intestinas, que não quer pagar nada e só quer que lhe paguem? Enquanto a Justiça for o que é, enquanto der os espectáculos que dá, então fomenta-se a razão dos comentadores catastrofistas, inquisitoriais e irrealistas.

Quem quererá, quem será capaz de pôr a Justiça na ordem?

 

14.6.12

 

António Borges de Carvalho

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