INFILTRAÇÕES
O IRRITADO tem vindo a fazer os possíveis por denunciar dona Cristas, inacreditável ministra de uma data de coisas.
Várias vezes tem dito que, na sua opinião, o governo, infelizmente, tem pouco de liberal, ou de “neoliberal”, como diz quem não sabe ou finge não saber nada destas coisas.
Não poderá dizer-se, por outro lado, que o governo é socialista. Todo ele? Não! A dona Cristas é disso um exemplo evidente. Quiçá usando inspiração da “doutrina social da Igreja” de que é membro, dona Cristas, pelo que faz, obriga-nos a presumir que se trata de uma infiltação do socialismo radical num governo que o não é. Bom seria que o Dr. Portas desse por isso e a metesse na ordem.
Conhecida antes de mais pela ridícula história do ar condicionado e das suas evidentes relações com as gravatas dos funcionários e com a poupança de energia (!!!???), dona Cristas entrou em produção socializante.
Ele foi essa desgraça em forma de lei, a que se chamará NNRAU (novo novo regime do arrendamento urbano), uma pessegada que não resolverá problema nenhum e criará muitos, dada a preocupação “social” que o anima e que coloca, mais uma vez, às costas dos particulares as funções sociais – leia-se gatunas - do Estado.
Ele foi a abertura, sem mais nem menos, à exploração de terras, a fazer lembrar o PREC.
Ele foi a criação de uma taxa dita da “qualidade alimentar” – não lhe chega a ASAE e os seus desmandos.
Ele á a “nacionalização” completa da gestão da Casa do Douro, num grau de nem o Marquês de Pombal se lembraria.
Ele é a defesa da posse compulsiva de propriedades... e por aí fora, não valerá a pena ir mais longe.
Diga-se em abono da senhora que é coadjuvada, inspirada, não sei se desculpada, pela presença, a seu lado, do tristemente célebre Campelo, homem que, e muito bem, já foi ostracizado pelo CDS por causa da traição dita do queijo limiano, coisa que de nada lhe serviu mas foi um bombom para o PS.
O mistério da recuperação deste parvo pelo Dr. Portas e pela coligação é uma das mais impenetráveis atitudes políticas da maioria, ainda que ninguém lhe dê uma linha.
Enfim, Dr. Passos Coelho, fora isto uma carta e teria a humilde intenção de chamar a atenção de V. Exª para esta toupeira do PS (ou do BE, ou do PC?) nas fileiras do seu exército.
21.6.12
António Borges de Carvalho