5 DE OUTUBRO PROGRESSISTA
Uns senhores, talvez julgando ser gente nestes tempos de geringonça, resolveram, que topete!, escrever uma carta ao chamado ministro da educação, conhecido agente da intersindical na avenida 5 de outubro.
São eles os dirigentes de sociedades científicas, designadamente de matemática, de química, de física e de filosofia.
Qual o teor de tal carta? Nada menos que um protesto contra o facto de terem sido excluídos de um processo de revisão curricular em curso no chamado ministério, versando as matérias em que se dizem, ou são mesmo, especialistas. Pediam uma auduência urgente, a fim de expor as suas razões.
Como é óbvio, foram liminarmente deixados à porta. Porquê? O chamado ministro, através de um funcionário, explicou que já ouvia gente que chegasse: as associações profissionais. As científicas, nem vê-las. Dito de outra maneira, a geringonça, tratando-se de currículos escolares, ouve os tipos da CGTP e quejandos, e mais ninguém. E, democraticamente, explica mais: é que “o trabalho em curso é um trabalho (sic) integrado, relacionando todas as disciplinas”.
Estão a ver? Para este trabalho, que interessam os tipos que sabem das matérias a relacionar? Nada, como é evidente.
O Nogueira fica satisfeito, coça a bigodaça e apresenta ao comité central o relatório de mais este triunfo. Não recebe a medalha de honra da união soviética por que já não há união soviética. Mas marca pontos.
12.11.16