OS INVEJOSOS
A Drª Isabel Jonet disse há dias umas coisas que parece terem chocado inúmeras almas, a começar pelo eminente Francisco Louçã, que teve a ambilidade de dizer que a senhora era uma reedição do Movimento Nacional Femenino. É evidente que o fulano não faz a mais pequena ideia do que foi o MNF, até porque não tem idade para ter estado nas guerras ultramarinas e, se a tivesse, teria obviamente fugido delas.
Ora a obra da senhora a) nada tem a ver com o antigo MNF, b) não se rege pelos mesmos princípios, c) não prossegue os mesmos objectivos e d) não tem nada a ver com o poder político.
Então, o que disse a senhora que tanto incomodou a gentil alma do Louça e de mais uma série de bem-pensantes esquerdocráticos? A resposta é simples: disse, melhor ou pior, um data de verdades. Coisa que faz arrepios àquela repugnante gente. Ao ponto de pedir a demissão da senhora e de lhe chamar os mais terríveis nomes.
A chamada solidariedade social, para tal vilanagem, ou é de esquerda, ou inspirada pela esquerda, ou simplesmente não presta. Ora a tal esquerda, declarando-se “solidária”, serve-se da tal solidariedade para convocar manifestações, apoiar greves, excitar as indignações, e coisas do género. Mas não consta que alguma vez tivesse dado um prato de sopa fosse a quem fosse. Por isso, o que a senhora consegue arrecadar para dar a terceiros, ou não serve para nada, ou faz mal à tripa.
Em alternativa, se a esquerda conseguisse tomar conta da coisa, a paparoca passaria a ser da melhor quaidade, e servida com panfletos do BE, do PC, do PS, para além de um retrato a cores do Vasco Lourenço.
Dadas as dificuldades ideológicas que os canalhas têm em penetrar em organizações tipo Misericórdias, Caritas, Cruz Vermelha, Banco Alimentar, etc., não há nada a fazer senão tratar de as insultar, decapitar ou chamar-lhes nomes do piorio, a ver se arranjam lá uns lugarzinhos para a sua miserável propaganda. Invejosos.
13.11.12
António Borges de Carvalho