FANTÁSTIC0!
Anteontem, a venda da TAP era, para inúmeros indígenas:
- Inconstitucional
- Um negócio “opaco”
- A alienação de uma “empresa estratégica”
- O abandono dos emigrantes e dos PALOPs
- Fruto de compadrios com cheiro a corrupção
- Uma prova de que o governo sacrifica o património público aos seus interesses
- Mais uma manobra suja do Relvas
- Etc. etc. etc.
Ontem, a partir da tarde, os mesmos aborígenes condenavam, com a maior das veemências que o governo tenha decidido não fazer o negócio. Porquê, hem? E a transparência? E o Relvas? Então o Relvas não estava feito com o Ovitch? Então se o Ovitch não dava garantias como é que negociaram com ele? E porque é que o Ovitch prometeu a garantia para transantontem? E porque é que só havia um concorrente? E porque é que o concorrente foi recebido pelo Relvas? Em suma, como diz, todo contente, o “Público”, trata-se de mais uma importante derrota do governo. E lá está o Pacheco a bombardear com a falta de transparência, com o segredo da negociação, com a inaceitabilidade da explicação fornecida, e por aí fora. E o PC, mais o BE, mais o Carlos, que adoravam que a privatização se tivesse feito para pôr os sindicatos aos berros no meio da rua e ficaram sem este tema? Coitados!
Afinal, para estes bandos de delinquentes mentais, tanto faz. Se o governo privatiza, o governo é péssimo. Se não privatiza, ainda é pior.
E assim vai o país que estes tarados querem “guiar”, formando opinião. O que vale é que a maioria das pessoas percebe muito melhor o que se passa que esta macacagem.
Dúvida do IRRITADO: qual é o mal maior, vender sem as devidas garantias, ou não vender?
A ver vamos o que diz o futuro, na certeza que aquela gente achará sempre mal, seja o que for que o futuro nos diga.
Não é fantástico?
21.12.12
António Borges de Carvalho