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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

PORTO “CAPITAL” DO NORTE E DAS QUEIXINHAS


O Porto é capital de nada, a não ser do Douro litoral, coisa que, administrativamente, não existe.


O Porto foi contemplado com a mais vasta e intricada rede de auto-estradas do país. O Porto foi contemplado com o mais moderno e funcional aeroporto do país. O Porto é centro da mais importante área vinícola do país. No Porto passaram a funcionar dois dos mais importantes núcleos culturais do país, Serralves e a Casa da Música. O Porto tem infra-estruturas de saúde sem paralelo no país. O Porto transformou-se, em pouco tempo, num destino turístico de primeira qualidade.

Ainda bem. Tudo isto é bom, e bem vindo, merecido ou não.

Então qual é o problema que leva inúmeras “forças vivas” locais, cujo alto paradigma é um tal Miguel Veiga - político que nunca politicou nem correu qualquer risco, conhecido apenas por bocas e patacoadas lançadas contra os que diz ser “seus” – a insurgir-se contra o “centralismo” de Lisboa, quando a Lisboa – leia-se aos governos - deve a esmagadora maioria dos benefícios com que tem sido contemplado, e de que alguns dos exemplos acima dão uma pálida imagem? A resposta é: um provincianismo bacoco e pedinchão, um oportunismo rasca, uma choraminguice endémica e egoísta, a necessidade de criação de um inimigo externo – coisa própria de tiranos e de alarves.


O candidato do PS à CMP, um certo Pizarro, tem a bizarria hitleriana de excitar as massas com a “defesa” do “norte” contra o tal “centralismo” do “Sul”, praticado sem escrúpulos pelos “judeus” de Lisboa, gente que consideração alguma deve merecer ao “povo do Norte”. Outro argumento eleitoral parece não restar ao bizarro Pizarro. Excitem-se as massas contra o inimigo, e as massas votarão em nós, não por nós mas por ódio a terceiros. É primitivo, é ordinário, é falso. Mas que importa, se der uns votos?


Outras figuras procuram notoriedade com argumentos semelhantes. Veja-se a administração da Casa da Música, que se demite em bloco como protesto contra um corte de dez por cento nas verbas – um milhão em dez que o Estado (Lisboa) lhe dava de bandeja todos os anos! É que todos os portugueses têm os rendimentos diminuídos em muito mais de dez por cento, mas mas os tais administradores e os bizarros acham que a Casa da Música devia ficar de fora. Porquê? Porque é do Porto, ora essa! O Porto tem direito à intocabilidade de prebendas e subsídios que para outros não existe. Porquê? Porque é o Porto, ora essa! Tocar nos sacrossantos “direitos” do Porto é ditadura, tirania, centralismo desenfreado!


O aeroporto do Porto vai ser gerido pela Vinci, aliás como os de Lisboa e Faro? Tirania! Então e os magnatas do Porto que estavam à espera que a coisa lhes caísse nas mãos? Não são gente? Coitadinhos, não concorreram à privatização da ANA, não dão (mais) dinheiro à Casa da Música, antes pelo contrário, mas que importa, Lisboa é a culpada de tudo e o resto é conversa.


No meio desta reles choraminguice, lá vem a vexata questio da regionalização. Pois então, o Porto devia ser a capital da região Norte, com o seu governo, o seu parlamento, os seus ministros, a sua coorte de politiquinhos. Tudo de preferência pago, e bem pago, por Lisboa! Assim se faria “justiça”.


Vão bugiar. Verdade é que o Porto merecia melhores porta-vozes.

 

8.1.13

 

António Borges de Carvalho

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