UMA BOA NOTÍCIA
O provincianíssimo Campelo vai-se embora do governo. A pergunta que ocorre é: por que raio de carga de água é que entrou para lá? É de recordar que este cómico, parlamentar do CDS ao tempo de Guterres, deu a maioria ao governo e ao seu infrene despesismo – que viria a ser corrigido e aumentado pelo Pinto de Sousa – por causa de uma história de queijo flamengo. Ou seja, por uma questão paroquial, tomou o poder nacional para aprovar um orçamento desgraçado. Uma demonstração de deslealdade, de oportunismo, de total falta de sentido de Estado, ou, se quisermos ser caridosos, de pura e simples estupidez.
O que pode ter levado o CDS a, em vez de o expulsar, acabar por levá-lo para o governo, é coisa que ninguém poderá perceber. A deslealdade paga? Bom, é verdade que a deslealdade está na moda, veja-se o caso, no PS, do Costa e dos saudosos do Pinto de Sousa, veja-se o caso do Freitas do Amaral ou do Pacheco Pereira, por exemplo. Mas, que diabo, o Campelo... o Campelo é demais! Vá lá fazer queijos para o raio que o parta.
30.1.13
António Borges de Carvalho