O COSTA NÃO COISA NEM SAI DE CIMA
Após repenicado teasing, a lembrar os cavacais tabus, o camarada Costa declarou que não se candidatava nem deixava de se candidatar ao cadeirão do Seguro. Notável. Em tempos, proclamou que o cargo de chefe do PS era incompatível com o de presidente da câmara de Lisboa. Agora, diz que é candidato a uma sem deixar de ser candidato a outro. Ou anda a meter os pés pelas mãos ou é tão aldrabão como a generalidade dos membros do seu partido.
Ficamos no pior dos dilemas, ou trilemas. Como lisboetas, seria óptimo se o tipo fosse para o partido e libertasse a cidade da sua deletéria acção. Como portugueses, achamos que seria uma maravilha se ele só lixasse os alfacinhas, em vez de contribuir para dar cabo do país inteiro. Se o tipo quer as duas coisas, então a desgraça é total.
O remédio seria que o Seguro ganhasse o partido, o Seara a câmara, e que o Costa fosse aldrabar outro. Se calhar é pedir demais. Mas, quem sabe, com um bocadinho de sorte talvez nos livrássemos do escurinho, como diria, delicadamente, o Carlos.
30.1.13
António Borges de Carvalho