OS “ACTIVISTAS”
Em nobre salão do bairro alto, paredes pintadas psicadélicamente - é de pensar que por discípulos apaniguados do presidente Costa - sentaram-se em círculo os “activistas” promotores da manifestação dos “Que se lixe a troica” + PC + BE + seguristas/costistas/ socratistas/figueiredistas/etc. e tal.
Pensariam as boas almas que a tal manifestação era promovida por gente com sérias razões de queixa, pobres, desempregados sem esperança, proletários de várias origens, enfim, gente com necessidades básicas que o Estado não consegue colmatar. Estúpida ilusão. Nada há de sério na coisa. Os organizadores são burgueses mais ou menos instalados, possuídos, não de preocupação com os demais, mas a trabalhar para o seu lançamento pessoal na mais rasca de todas as políticas: a da rua.
Um jornal foi buscar cinco dos principais caciques da operação. São eles: um jovem médico em princípio de carreira, um músico e empresário que “nunca foi precário”, uma operadora de call center, uma advogada “com emprego estável”, e uma professora que “trabalha a recibos verdes”. Eis uma amostra dos infelizes que organizam a manifestação, amostra suficientemante esclarecedora para precisar de comentários.
Um aviso à navegação: a populaça, depois do clássico desfile pela baixa pombalina e correspondente “reunião” no Terreiro do Paço, dispersará. Segundo um dos principais “activistas”, depois do ajuntamento, ”cada um faz o que quiser”.
As pessoas de bem que se ponham a pau e vão dar uma curva com a família para bem longe. O incitamento à bagunça não podia ser mais claro.
1.3.13
António Borges de Carvalho