FENÓMENOS DO ENTRONCAMENTO
No Entroncamento, localidade de alto simbolismo por causa dos nabos, António Seguro, o oco, anunciou urbi et orbe que estava consumada a rotura do PS com o governo. Como se alguma vez, tanto o oco como o burrinho & Cª, tivessem estado noutro estado que não fosse o da permanente rotura, sem a mais ínfima intenção de conversar sobre fosse o que fosse. Bem pôde o Doutor Cavaco insistir, vezes sem conta, na necessidade de “concertação” entre os partidos. Jamais o oco lhe ligou bóia, ainda por cima pondo as culpas para o adversário.
O oco andou quase dois anos a dizer que era preciso mais tempo. Agora, que as circunstâncias tornaram viável mais tempo, eis que, afinal, para o oco, não era preciso mais tempo.
Sabe-se que as coisas não estão a correr bem. A culpa é do Passos? É do Gaspar? É da “Europa”? Do FMI? Do BCE? Da crise europeia? De todos? Ninguém minimamente honesto terá certezas a tal respeito. Mas que, na mais larga das medidas, é do PS, não é discutível. Do PS do estudante filósofo-farmacêutico, que, meticulosamente, fabricou a crise, como do PS do oco, para quem, evidentemente, quanto mais crise melhor.
Uma palavrinha para a troica e para os seus patrões. Desta vez, rapazes, portaram-se muito mal. A UE, porque mexeu na contabilidade a fim da não aceitar os tostões da ANA nem os aumentos da CGD ou do imobiliário do Estado. O FMI, porque “aceitou” a história como boa. O BCE, porque não se mexeu.
Com isto, ou seja, administrativamente, deram cabo das previsões e do défice real.
Com isso caíram em cima de nós que nem chacais.
O PS também.
Uma gaita.
18.3.13
António Borges de Carvalho