A CAMINHO DO FIM?
Da Europa, as últimas novidades são aterradoras. Todos os nossos parceiros estão em recessão. Até a presunçosa Holanda, a grande França, a riquíssima Alemanha, a antipática Finlândia. Todos! Não escapa um.
Por obra e graça das estúpidas malfeitorias do senhor Pinto de Sousa, fomos dos primeiros a cair no buraco, um buraco bem maior que os dos outros, à excepção do da Grécia. Agora, são os nossos clientes de estimação que dele se aproximem.
Pode ser que a recessão generalizada provoque um sobressalto que faça a dita Europa mudar de rumo. Deixou de se justificar manter na agenda a “ajuda ao Sul”.
Agora, ou todos se ajudam uns aos outros, esquecendo os regulamentos do senhor Barroso, os limites do défice do senhor Schäuble, as patacoadas da dona Cristina, a fantasia da não inflação, etc., ou a buracaria será cada vez maior e mais alargada.
Agora, ou todos percebem que só há duas saídas, acabar com o euro ou criar um euro de facto comum, isto é, que não seja mais caro para os que mais precisam e progressivamente mais barato para quem melhor vai estando, ou o desastre não pode deixar de ser geral.
Agora, ou entra na cabeça das pessoas, dos políticos, dos Estados, da “Europa”, que o Estado social (ou socialista) tem que, progressivamente, acabar, de modo a que as pessoas, progressivamente, voltem a ser livres e responsáveis, ou a nossa civilização tem os dias contados.
A alternativa é a recessão endémica, permanente, inultrapassável, progressiva e ruinosa.
O fim.
13.6.13
António Borges de Carvalho