CONTRIBUIÇÃO PARA O FIM DE CERTAS BAGUNÇAS
Um bando de díscolos fez uma arruaça dos diabos nas bancadas do Parlamento, coisa que já se tornou habitual e se enquadra nas travessuras inspiradas pelo original slogan “a luta continua” e copiosamente servidas ao público pelos chamados media.
Macacagem devidamente arregimentada e treinada nestas matérias desempenha as suas funções com mestria. Disso não há dúvida.
Parece que a dona Assumpção opinou que era preciso rever as condições de acesso às parlamentares facilities. De imediato, uma série de gente começou aos gritos, que estava em causa a liberdade, a democracia, e outros valores que, da boca para fora, muito preza. Assistiu-se, da parte de inúmeros esclarecidos deputados, a manifestações de indignação e repúdio pela inusitada atitude da senhora.
O IRRITADO, como não podia deixar de ser, é contra este tipo de atitudes, e sabe quem delas aproveita, mais que não seja para parlapatear a demagogia primitiva e aldrabona que constitui a sua maneira de estar na vida.
Ora bem. Se eu estacionar em cima do passeio, pago uma multa do caneco e arrisco-me a ficar sem o pópó. Se eu for para a AR e desatar aos gritos, mostrar o cu, deitar panfletos, cantar arengas esquerdóides, sou delicadamente convidado pela polícia a abandonar o local e vou beber uma bica à tasca da esquina em paz e sossego. Na próxima vez, alinharei na convocatória e vou fazer o mesmo.
Por isso que o IRRITADO se atreva a dar um conselho à dona Assumpção, para acabar com estas aventuras e até ganhar algum: como todos os díscolos são atenciosamente filmados pelos serviços de serviço, a sua identificação é fácil. É questão de montar uma banca à saída das galerias e, um a um, fazer pagar aos arruaceiros, in loco, uma multa do caneco. Em alternativa, vão para a esquadra até que a paguem. 24 horas depois, se a multa não estiver paga, serão objecto de julgamento sumário por flagrante delito de desobediência e perturbação do normal funcionamento das instituições democráticas. A pena poderá ser, por exemplo, a multa multiplicada por dez, acrescida das custas judicias e do estipêndio do advogado oficioso a ser pago ao Marinho, se for caso disso.
Força, dona Assumpção! Vê como pode dar uma machadada na bagunça e ainda contribuir com uns euritos para a fazenda pública?
12.7.13
António Borges de Carvalho