A LUTA CONTINUA
Sossegadas, ou quase, estiveram as hostes por uns dias com a solução da crise que a birra do Portas, agravada pelas confusões do Presidente, tinha causado, e aí está o governo remodelado sem surpresa outra que não a descoberta, na noite dos tempos, do Dr. Rui Machete.
Os exércitos profissionais agigantam-se de imediato, sedentos de sangue. A ministra das finanças é reiteradamente culpada de uma gigantesca série de crimes, e submetida a audiências e interrogatórios, como se não tivesse mais nada que fazer. O citado Machete, de repente, surge como criminoso de delito comum, metido até aos cabelos nas mais variadas falcatruas, acusado pelos EUA de ter andado metido com o gajo da uiquiliques, e não sei de que mais pecados, pecadilhos e pecadetes. Não tarda que o Lima seja chamado a uma comissão qualquer, a fim de explicar por que carga de água andou a vender bejecas à Patagónia ou coisa que o valha. E o fulano que foi para o ambiente e para a energia? Não está feito com os tipos dos moinhos de vento? As “renováveis”, quem sabe, não vão passar a indesejáveis? Tudo é possível, ou passível de suspeita, seja lá o que for.
O IRRITADO é um tipo perverso. Não percebe que esta coisa faz parte da transparência, fundamental na democracia, e da tarefa fiscalizadora dos representantes do povo, indispensável ao esclarecimento da opinião pública, nada de pidesco, que ideia!, nem de persecutório.
Mas vai insistindo em pensar que, quando a política se confunde, com o singelo critério da perseguição, ou com a polícia, qualquer coisa está errada…
24.7.13
António Borges de Carvalho