DA GANÂNCIA DO COSTA
O oco, conhecido por Seguro, serventuário do Bloco de Esquerda cuja cassete repete sem cessar, passa a vida a gargantear contra os impostos, que ele baixaria assim que subisse ao poder, contra a austeridade, que acabaria no mesmo momento, contra a troica, que ele dominaria sem demora...
A generalidade das pessoas já percebeu que o fulano é ou demagogo ou burro. Ou as duas coisas.
Mas, saído das mesmas fontes ideológicas, o seu rival doméstico, isto é, Costa, o tenebroso, não perde tempo. Ao longo do ano, loas se ouviram porque o IMI, de que se alimenta o tenebroso & Cª, ao contrário do que do governo depende, não o tinha subido. O IRRITADO informou vários crentes, sem sucesso, que não seria assim. Agora, aos poucos, os proprietários de um andarzinho em Carnide, bem como os de prédios de rendimento, vão caindo na triste realidade.
Dadas as contas de somir que as reavaliações provocaram não serem pêra doce e levarem o seu tempo, as pessoas acharam que o IMI tinha ficado mais ou menos na mesma. Triste ilusão. A última prestação do IMI veio fazer o “acerto”.
Umas contas não de somir fazem os crentes perceber que o IMI, que alimenta o tenebroso, aumentou mais de cinquenta por cento. Mais de cinquenta por cento! Ali, como manda o socialismo e como foi devidamente votado na distinta Assembleia Municipal de Lisboa por ele dominada*.
Mandavam a ilusões do povo que as avaliações seriam acompanhadas de uma mexida nas taxas, de forma a que a subida do imposto não ultrapassasse certos limites . Mas o tenebroso não é de modas: mais de cinquenta por cento de um assentada, ainda por cima acantonados na última prestação, a pagar em Novembro, talvez como homenagem aos contribuintes que vão receber o subsídio de férias, ou de Natal, no mesmo mês! O tenebroso sabe o que faz.
O governo, a troica, a crise, o diabo, são acusados de “insensibilidade social”, de pecaminosa ganância, de roubo, de extorsão, de inconstitucionalidades, de atentados aos “direitos adquiridos”, de deslealdade contratual. O Soares até diz que devia ir tudo para a cadeia.
Afinal, o que se vê... é o que se vê.
Ai de nós se o poder cair nas mãos do oco e da sua tribo, do tenebroso e da dele.
Olhem que, se não se põem a pau, já faltou mais.
14.10.13
António Borges de Carvalho
* Percebem agora porque é que o orçamento da CML é "equilibrado"?