DOS GRANDES DESTA TERRA
Greves do Metropolitano de Lisboa marcadas para Novembro:
Dias 19, 21, 25, 26, 29.
Salários e outras condições de trabalho dos funcionários do Metro:
- Secretária de administração: €3.753,59
- Mestre serralheiro: €2.969,30
- Maquinista de manobras: €2.785,17
- Maquinista: €2.587,25
- Fiscal: €2.020,66
- Motorista: €1.939,09
- Agente de tráfego: € 1.642,41
- Desenhador: 1.547,09
- Auxiliar: 1.476,86
Os maquinistas conduzem 3 horas por dia e recebem entre 317 e 475 euros para abrir e fechar as portas. Os funcionários do metro, com o os da Carris e da Transtejo, reformam-se com pensão igual ao último ordenado. Quando estão doentes têm assistência gratuita ao domicílio e recebem o ordenado por inteiro. Cada quilómetro percorrido credita um subsídio aos maquinistas, mais 68 euros se faltarem menos de 5 horas ou, se não faltarem todo o mês, outro, de 223 euros. Todos, ao serviço ou reformados, têm direito a transportes públicos gratuitos. As famílias, cônjuges, pais, filhos, enteados e irmãos também.
Só em 2012, o Metro de Lisboa teve um prejuízo de 390 milhões de euros.
É fácil imaginar as importantíssimas razões que levam esta distinta classe a fazer greves como quem faz xixi. Coitados, não têm outro remédio!
Acrescente-se que o escol da Carris, que até goza de barbeiro de borla (um inalienável direito!), fará, em Dezembro, as seguintes greves: dias 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 27, 30 e 31.
Que diabo, a greve é um direito!
Não há agentes da justiça que se lembrem de uma coisa que se chama abuso de direito?
Não há jornalistas que se lembrem de falar em assuntos destes?
Quando é que se privatiza os transportes, para esta malta entrar nos eixos ou poder ser despedida?
19.11.13
António Borges de Carvalho