ANALFABETISMO GALOPANTE

O ministério da Educação informou o povo acerca das suas “exigências” nos exames dos professores contratados: quem cometer mais que dez erros de ortografia, fonética e sintaxe, chumba.

Vejam onde chegámos. Comentários para quê?

22.11.13

António Borges de Carvalho

2 comentários

Filipe Bastos 22.11.2013

Dispensa realmente comentários, por isso trago-lhe novo tema. Vai gostar.

Vinha eu do escritório, liguei na TSF, e - sou um tipo cheio de sorte - calhou-me uma entrevista ao fundador do novo partido nacional. Sim: um novo partido!

Chama-se LIVRE. O símbolo é uma papoila. O seu objectivo, diz o fundador, é «unir a esquerda». Claro que já sabe de quem se trata: o ex-BE Rui Tavares, que se apresenta como «historiador» e eurodeputado.

Diz-lhe o entrevistador: há quem sugira que só pretende manter-se no Parlamento Europeu... Não!, era que faltava!, responde o bom do Rui, para isso aceitava um dos convites que já tive!

A dar força ao altruísta Rui, encontramos (copio da internet) Boaventura de Sousa Santos, António Mega Ferreira, Sérgio Godinho, Vitorino, e - presumo que por nenhuma ordem especial - sindicalistas, designers, arquitectos, bolseiros, precários e desempregados, deputados e eurodeputados: Ana Gomes, Inês de Medeiros, Isabel Moreira.

Tudo gente boa. Aprecio particularmente os "precários, desempregados, deputados e eurodeputados" assim de seguida, na mesma frase. Inspirador.

Após ouvir o ecuménico Rui perorar sobre a desunião da esquerda, e como o LIVRE pretende uni-la, diz-lhe o entrevistador: mas o LIVRE foi mal recebido por toda a esquerda...

Pois é. Em vez de sentir agraciada, a esquerda vê o sonhador Rui como um potencial concorrente: um tachista à procura de tacho, como eles, também alérgico ao trabalho, como eles, e também abundante em balelas absolutamente inúteis, como eles!

E a política, como qualquer negócio sujo, detesta concorrência... logo, a esquerda parece condenada a permanecer desunida.

Trágico, não acha, Irritado?

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Epílogo: cheguei a casa, liguei a TV e pumba!, levei com o mamão José Luís Arnaut, numa das suas incontáveis intervenções pulhítico-comerciais. De um lado chove...
irritado 23.11.2013

Responder a este comentário seria chover no molhado. Está tudo certo. Só é pena que a TSF, onde julgo ainda haver gente decente, se entretenha com estas coisas ou com esta gente.