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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

UMA FARTURA!

 

O IRRITADO não se lembra se já contou esta história, mas, como vem a propósito, aí vai.

Um velho amigo irlandês a quem perguntou quantos partidos políticos havia lá na terra, respondeu: há muitos, todos à direita do centro!

Não se sabe, mas é muitíssimo provável que seja por isso que a Irlanda pareça estar a sair da fossa. Por lá não há arménios nem jerónimos bolchevistas, nem silvas parlapatosos, nem esganiçadas martins, nem seguros ocos, nem tavares ou carvalhos da silva ambiciosos, nem nada que se pareça. Muito menos há soares e, se os houvesse, a imprensa borrifava-se neles.

Os celtas percebem o que se passa. Actuam em conformidade. Vai um governo, vem outro, o que se foi percebe o que vem, o que vem percebe o que se foi, espera por eleições, não fala de pauladas nem diz cobras ou lagartos do presidente da República. Os funcionários levam na cabeça, mais do que por cá, e percebem. Os pensionistas também. O IRC é curto, mas a malta percebe, isto é, não desata aos gritos que andam a proteger o “grande capital”. As coisas vão-se consertando, e concertando. Greves são coisa rara. Sobretudo os bem pagos e seguros não fazem greves, não andam a morder nas canelas dos ministros, não ameaçam pauladas nem clamam por outras violências.

Não se sabe se a arrogância de acabar com o programa de assistência e similares vai resultar. Sabe-se que foi possível e que a malta, na expectativa, não estremeceu.


Na chamada Europa anda tudo à rasca porque a extrema direita cresce. Percebe-se, mesmo que não se goste. É o que o Hollande & Cª merecem.


Por cá, poucos percebem seja o que for. Tudo minha gente se esganiça. Se há sinais de melhoria, poucos ou muitos, tudo se deve a acasos ou a terceiros, jamais a portugueses. A malta só quer saber do fado da desgraçadinha e da falta de taco para umas bejecas.

Em vez de extrema direita, como na “Europa”, surgem cogumelos a clamar por mais esquerda. O Tavares meteu na cabeça que, para continuar a ter “público” e quem sabe, conservar o assento, o melhor é fazer um partido novo. O Carvalho da Silva anda na mesma, que lhe falta no currículo a cadeireta de Estrasburgo. O Soares agrupa hostes de velhos pataratas e novos oportunistas. Os media dão a esta malta toda uma cavalaria de opereta.

Não é mau que não haja por aí surtos de extremistas da direita. Triste é que haja tanta massa, não direi cinzenta mas às riscas, ocupada a chafurdar em teorias que a História condenou e em “remédios” que só podem agravar a doença.

Está tudo no bom caminho? Claro que não. Mas já esteve pior. É, neste momento, o que se sabe. A célebre “espiral” deixou de espiralar. O desemprego desceu pouco, mas desceu, e não foi por causa do Verão. Mas, mesmo que tudo estivesse muito melhor, a malta da paulada e quejandos continuaria a dizer que estava muito pior.

E então? Então, calma Gé Gé.

Uma coisa é de esperar: a fartura de “iniciativas” à esquerda vai ter o destino que merece: o ecoponto dos irrecicláveis.

 

16.12.13

 

António Borges de Carvalho

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