SOARES 84
“Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a
única coisa a fazer é apertar o cinto”.
DN, 27 de Maio de 1984
“Não se fazem omeletas sem ovos. Evidentemente teremos de
partir alguns”.
DN, 01 de Maio de 1984
“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que
estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço
feito por este governo.”
JN, 28 de Abril de 1984
“Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos
reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política
que está a ser seguida é a necessária para Portugal”
JN, 28 de Abril de 1984
“Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos
nossos males colectivos e a indicar a terapêutica possível”
RTP, 1 de Junho de 1984
"A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a
aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós”
RTP, 1 de Junho de 1984
“Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus
meios e recursos”.
RTP, 1 de Junho de 1984
“O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o
abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”.
RTP, 1 de Junho de 1984
“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das
empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre
jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve
garantir o subsídio de desemprego”
JN, 28 de Abril de 1984
“O que sucede é que uma empresa quando entra em falência…
deve pura e simplesmente falir. (…) Só uma concepção estatal e
colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa
responsabilidade."
JN, 28 de Abril de 1984
“Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a
política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o
controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos
ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais
caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”.
RTP, 1 de Junho de 1984
“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das
Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos
impostos”.
1ª Página, 6 de Dezembro de 1983
“Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho
nem salários”.
DN, 19 de Fevereiro de 1984
“A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com
menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende
representar”
RTP, 1 de Junho de 1984
“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à
democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem
completamente falsa.”
Der Spiegel, 21 de Abril de 1984
“Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma
verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja
punida na lei. Sê-lo-á”.
RTP, 31 de Maio de 1984
“A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser
permitida a militares em serviço”
La Republica, 28 de Abril de 1984
“As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a
cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça
descoberta”.
Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984
“Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiroministro.
Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas
condições actuais”
JN, 28 de Abril de 1984
“Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão
pública, devidamente corrigida”.
RTP, 1 de Junho de 1984
e esta para terminar em grande:
“Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói”.
6 de Junho de 1984
Mário Soares