A VOAR...NO CHÃO
Não sei se se recordam que, há coisa de um ano, entre loas e foguetório, o governo do senhor Pinto de Sousa (Sócrates) anunciou a compra, à Rússia, de vários e magníficos aviões para combate aos incêndios. Grande governo, não é?
Dos tais aviões nunca mais se ouviu falar.
Agora, é anunciado que também foram adquiridos helicópteros. Formidável. Mas os helicópteros, por rebuscadas razões, não podem voar. Os pilotos não sabem guiar aquelas porcarias, ou as porcarias não estão autorizadas a voar na UE, ou coisa que o valha.
Não se sabe quanto já gastámos, nem quanto vamos continuar a gastar nestas maluquices. Aviões que nunca foram vistos, helicópteros que não voam. Grande governo, não é?
Os elementos têm favorecido a coisa. O arrefecimento global poupou-nos a calores e vendavais. Quase não houve incêndios na chachada deste Verão. Sorte para o senhor Pinto de Sousa (Sócrates) e para o irmão Pereira. Com mais umas ajudinhas do senhor Mendes, isto está para durar.
Nunca mais saímos do chão.
E.T. Hoje, noticiam os jornais que o irmão Pereira foi ao Parlamento falar sobre a questão dos meios aéreos.
Surpreendentemente, o notável cavalheiro declarou que a falta dos helicópteros e dos aviões… não faz falta nenhuma ao combate aos incêndios.
Então, pergunta o Irritado (que é, evidentemente, parvo) por que carga de água é que os compraram?
Acrescenta o preclaro cidadão que o aluguer de outros meios aéreos até tinha resultado em altas poupanças par o erário público.
Então, pergunta o parvo do Irritado, se é mais barato alugar do que comprar, por alma de quem é que os compraram?
Tresanda a comissões, insinuaria um mal intencionado. Longe do Irritado tal e tão injusto pensamento.
António Borges de Carvalho