A BAGUNÇA CONTINUA
A estupidez incutida na juventude pelos “responsáveis” políticos nacionais e internacionais, bem como pelos movimentos eco-bacocos sustentados por generosidades governamentais e por partidos, sobretudo de esquerda, conheceu ontem mais um capítulo assaz interessante. As hordas da juventude “preocupada” dedicaram-se a fechar o Liceu Camões e a escalar exigências, entre as quais avulta a da demissão do ministro Costa Silva.
A coisa é tão grave que foram buscar aos membros do nosso desgraçado governo o talvez único que tem alguma coisa de válido e interessante dentro do crâneo.
O serviço é claro e a cretinice galopa. Costa Silva não é um aparatchique. Errou, é certo, ao juntar-se a Costa, quiçá a julgar que podia ser alguém no plantel governamental. Falta de senso ou ambição política? O resultado já começou a estar à vista. O homem parece insistir em mexer nalguma coisa, o que é pelo menos herético em relação à pasmaceira da religião oficial. Até quis, imagine-se, fazer uma redução de impostos sobre as empresas, quando a filosofia oficial é aumentá-los! Está condenado à demissão ou à irrelevância. Fazer ondas no pântano é pura ilusão.
O Bloco de Esquerda, muito preocupado com o aquecimento global, está solidário com a juventude protestante e com a demissão do homem, como não podia deixar de ser. O “novo” PC ainda não se pronunciou mas, em relação ao Costa Silva, não há dúvida, alinhará. Os outros partidos metem os pés pelas mãos, incapazes de sair do mundo concentracionários das novas e indiscutíveis verdades. Só falta, julgo, o apoio do senhor de Belém, sempre pronto para certas causas ou assuntos propícios a bocas.
Entretanto, o homem a abater propõe-se falar com os díscolos da revolta. Outro erro. Há gente com quem o diálogo é impossível.
O remédio é esperar que a moda passe.
15.11.22