A CENSURA EM MARCHA
Nos ominosos tempos da II República, havia uma censura feroz, entre poutras porcarias oficiais.
Agora, a censura volta, com requintes de malvadez, promovida pelo politicamente correcto, pela ideologia de género, pelo movimento woke, etc. Já não é de origem política, é de natureza “social”. Já não é só própria das ditaduras que pululam pelo mundo fora. É generalizada, sobretudo no mundo que se quer livre. Atinge o passado, presente e, ó miséria moral, o futuro.
Um amigo meu viu a sua conta cancelada numa rede porque escreveu a palavra “abichanado” num post, a propósito de um assunto que nada tinha a ver com gays ou similares. A um brasileiro sucedeu o mesmo por escrever, aliás carinhosamnte, a palavra “nêguinho”. A pobre Agatha Christie, e tantos outros, vê - veria, se fosse viva - as suas obras truncadas, alteradas, esfarrapadas. As criancinhas, a partir dos 7 anos, são objecto de tentativas de censura da sua natureza, mediante cirurgias e produtos químicos. Enfim, os exemplos são incontáveis, estropiando línguas, artes, até pessoas já só teoricamente sujeitos de direito.
Isto, excepcionalmente, não tem a ver com o governo. Tem a ver com uma civilização que, a passos largos, caminha para a sua própria extinção.
28.3.23