A CONFISSÃO
Desculpem se volto ao assunto. Mas vale a pena.
Os grandes cérebros do socracretinismo costista não se calaram. Possuídos do mais profundo terror, desataram a espernear contra o Prós e Contas. O zero à esquerda, Lelo de seu nome, o histriónico berrador de serviço, chamado Caramba, ou Galamba, ou lá o que é, o Ascenso que, em vez de ascender, de incomptência descendeu, e alguns outros, exigiram a demissão do Dentinho, e só não se queixaram à polícia por que não se lembraram disso. Porquê? Porque tremeram como varas verdes com a hipótese de alguém vir ao programa falar das manobras do Pinto de Sousa, do Ferro ou do Costa, entre outros, para dominar a Justiça. Ainda por cima, na véspera, tinha o Costa mostrado que é igualzinho ao preso, insultando um jornalista que lhe perguntou uma coisa qualquer que ele não tinha no guião. Neste como noutros aspectos – quase todos – ao Costa só falta as asas para ser igualzinho ao seu antigo PM e chefe - que não precisa de imitar por ser igual.
Mas o mais importante não foi a descoberta da careca que os cérebros do PS mostraram. Foi a confissão. Foi dizer a toda a gente “temos culpas no cartório, não queremos a as mostrem ou falem delas”. Uma confissão com todas as letras.
E, afinal, o Prós e Contras foi um mijarete. Nada foi denunciado, nada foi posto a nu, nada se ouviu que interessasse ao grande público. A dona bastonária dedicou-se às suas habituais manifestações de ódio à ministra da justiça, coisa que, de tão primitiva não merece comentários; isto, sem deixar de pedir mais dinheiro para tudo e mais alguma coisa. Tivemos também dois advogados, um ilustre desconhecido, outro conhecido por ter sido um dos mais salientes áulicos de Jorge Sampaio, o que muito diz. Mas nada disseram de interessante. Interessante foi o duelo de Sousa Tavares com o director do Correio da Manhã, em que ambos tiveram e não tiveram razão. Havia também um intelectual respeitável, mas que não entusiasmou ninguém. Os colegas não lhe deram atenção, a confirmar a impressão de que ninguém está interessado em discutir a Justiça fora dos meandros das corporações.
Concluindo, o debate foi uma decepção para toda a gente. Mas teve a vantagem de ver os representantes do socra-costimo borrados de medo, a dar largas às culpas que toda a gente conhece, mas que, até agora, nunca tinham reconhecido com tanta clareza.
15.8.15