A GRANDE TRAPALHADA
Toda a gente sabe, por experiência própria ou alheia, que a doença covide, nesta fase, é uma gripe chata, mais leve ou mais dura, com os sintomas, os incómodos e as consequências da gripe “clássica”, própria da época. Toda a gente sabe que os chamados “positivos”, na sua esmagadora maioria não têm sintomas de espécie nenhuma, ou seja, não adoecem.
No entanto, a triunfante guerra do medo, em vez de parar, continua, e até mais catastrófica que antes. A economia estrebucha, os pequenos negócios, de que tantos dependem, andam às aranhas. Há bichas para os testes por todos os lados, as pessoas são discriminadas, vivem num terror que não tem qualquer razão de ser e, loucura das loucuras, são ameaçadas de nem poder votar. O governo, em mais um alarde de incompetência, esqueceu-se de programar, mas não de ameaçar. A vinte dias das eleições ainda não sabe o que há-de fazer a quem esteja abrangido pelas ameaças que propala. Não há quem não o diga.
Parece mais que evidente que o que o governo tinha a fazer era nada fazer. Guardadas as cautelas de que o governo tanto gosta (máscaras, distanciamentos, gel...) as pessoas deviam ir votar como sempre foram, sem quaisquer limitações. Mas o terrorismo sanitário tem muita força. Tanta, que é capaz de levar a um nunca visto número da abstenções, com a correspondente desvalorização política e social do resultado, seja ele qual for.
A pessegada continua, a nossa saúde mental a piorar e as trapalhadas das ininteligíveis “medidas” continuam viçosas.
Os pruridos jurídicos do governo sairam da gaveta. Nunca o Presidente ou o governo se preocuparam coisa que se visse com a Constituição, as leis, os direitos consagrados como inatacáveis nos países ditos civilizados, normas espezinhadas com as mais rebuscadas justificações com a desculpa do covide.
Só agora, para continuar a não resolver o problema que criou com a história da “segurança sanitária” no acto eleitoral, vem ter “escrúpulos jurídicos” quanto a tal segurança. Ou seja, criou um problema e, incapaz de o resolver, arranja maneiras para adiar a solução do insolúvel.
Vai ser bonito.
7.1.22