A MULHER QUER PALCO!
A inacreditável cidadã que os advogados elegeram para bastonário(a!) não cessa de nos causar arrepios. É sabido que foi “fabricada” pelo Màrinho, o que não augurava nada de bom. Mas, na ânsia de dar largas à sua pretendida notoriedade, bem como ao primitivismo, ao provincianismo e ao pirismo que a caracterizam, passa todas as fronteiras.
Desta vez, resolveu proibir os estagiários de receber do Estado uma subvenção. Porquê? Porque parece ter encontrado, nas caves dos estatutos, uma norma qualquer que justifica a atitude, norma que, nem de longe nem de perto, a maioria dos advogados interpreta da mesma maneira. Mas ela quer mostrar poder! Isso é que é importante, mesmo que venha em injustificável prejuízo de umas centenas de jovens que dão “o litro” para entrar na profissão.
Ponhamos as coisas como elas são. Desde sempre houve estágios de advocacia. Desde sempre, os pobres estagiários andaram meses a calcorrear repartições com questões de chacha, como se de contínuos se tratasse. Desde sempre trabalharam de borla, salvo raríssimas excepções. É também verdade que, nos dias de hoje, em virtude de várias e inteligentes disposições europeias (“Bolonha” et alia) os cursos passaram de 5 para 4 anos, o que poderia justificar que o estágio, pelo menos no primeiro ano, não fosse remunerado.
Mas se alguém, no caso o Estado, sequioso de ver menos jovens a tinir, os quiser remunerar, o que tem a respectiva Ordem com isso?
Com que “moral” (se calhar é a moral republicana…) são impedidos de ganhar pelo trabalho prestado?
Que regra deontológica pode obrigar a Ordem a privar os futuros colegas de rendimento?
Que crueldade mental está instalada na cachola da mulher?
Que gozo lhe dá prejudicar os demais?
Que lucra com isso, ela ou a profissão?
A profissão nada lucra. A Ordem também não. Os estagiários nem se fala.
A mulher está extasiada com o poder, coisa típica de tantos dos que descem à cidade sem nada que se aproveite dentro da cabeça. Quer ser vista, falada, invejada, incensada. E se for, literalmente, à custa de terceiros, que se lixe.
28.7.14
António Borges de Carvalho