A QUATRO PATAS
Depois da primoministerial oração pela reconstrução do tripé da geringonça – como se tal estivesse em risco – e do anátema de troça, desconsideração e desdém com que brindou o PSD, com servil silêncio deste, ficámos a saber que, apesar do ligeiro espernear dos parceiros de eleição, a geringoncial organização está firme e de boa saúde, ou seja, como o IRRITADO já tem dito, nunca esteve em causa.
Na última ocasião – até daqui a dois meses por brinde do senhor Rio – em que “enfrentou” o parlamento, coisa fácil e sem controvérsia que se visse, o chefe do socialismo cada vez menos democrático do PS averbou mais um triunfo. A democracia da terceira república, ou a falta dela, ficou consagrada com a acéfala aceitação do PSD/Rio.
Por outro lado, na incontida ânsia por um segundo mandato com muitos votos, o senhor de Belém continua, popularucho e amigo da esquerda, a não arriscar qualquer sobressalto eleitoral vindo do lado dos geringonços. O chefe Costa tem nele a quarta pata da geringonça, o que lhe dá a estabilidadae de que precisa para garantir mais quatro anos de navegação à vista, sem chatices de maior.
Quem ainda pensasse que, em Belém, havia algum respeito pelo passado democrático do seu habitante, bem pode esperar sentado, ou deitado. Cansa menos e muito contribui para a falta de sanidade mental que é hodierno timbre da Nação.
Disse.
26.7.20